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4 sinais que podem indicar início de período de baixa do Bitcoin

As últimas horas foram tensas para o mercado de Bitcoin. A criptomoeda opera em forte queda de 8,59%, devolvendo boa parte dos ganhos obtidos nos últimos dias.

No longo prazo, a tendência ainda é positiva. Apenas em 2021, a valorização do Bitcoin foi superior a 50%. Contudo, será que esta nova queda pode indicar o fim deste ciclo?

Para o analista e colunista do CoinDesk Ollie Leech, a resposta é que sim. E em sua análise mais recente, ele trouxe quatro indicadores que mostram a reversão deste movimento.

Esgotamento do volume de negociação

Leech traz o gráfico semanal BTC/USD da Coinbase. Ele cita a queda progressiva do volume de negociações desde 4 de janeiro.

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Naquela data, o Bitcoin atingiu sua máxima de US$ 42 mil. Mesmo tendo valorizado mais US$ 16 mil até sua nova máxima, o volume tem reduzido. E isso pode indicar diminuição no ritmo de compras.

“Esta discrepância entre volume e preço é conhecido como uma divergência de volume. Ela geralmente sinaliza que o novo capital que entra no mercado está secando e o ímpeto de compra está diminuindo”, afirmou Leech.

Gráfico mostrando a queda no volume de negociação do Bitcoin. Fonte: TradingView

Divergência no Índice de Força Relativa

Outro sinal de baixa apontado por Leech está no Índice de Força Relativa (RSI, na sigla em inglês). Este indicador de impulso mostra quando um ativo está sobrecomprado (com probabilidade de quebrar) e sobrevendido (com probabilidade de subir).

Como regra geral, um ativo é considerado sobrecomprado sempre que estiver acima de 70 e sobrevendido quando estiver abaixo de 30. o gráfico analisado por Leech mostra o RSI semanal do Bitcoin.

No momento, a linha do indicador mostra 73 no gráfico semanal. Segundo ele, isso sugere que o ativo está sobrecomprado e, portanto, o preço deve sofrer correção. Algo que de fato ocorreu nos últimos dias.

RSI do Bitcoin mostrando sobrecompra. Fonte: TradingView

“Lacunas” da CME

Outro indicador importantes são as lacunas (gaps) dos futuros de Bitcoin da Chicago Mercantile Exchange (CME). Esses vazios são aberturas que aparecem no gráfico de futuros de Bitcoin.

Tais lacunas costumam aparecer sempre que o mercado tradicional fecha e reabre durante períodos de alta volatilidade nas criptomoedas.

Isso acontece por divergências de horários. Os mercados de criptomoedas estão abertos 24 horas por dia, 7 dias por semana. Já o mercado de ações nos Estados Unidos encerra as negociações às 16h de segunda a sexta-feira, fechando nos finais de semana.

Por razões que ainda não são claras, as lacunas de CME agem como ímãs para a ação do preço e têm uma tendência estatisticamente alta de enchimento. Isso significa que o preço de mercado geralmente retorna ao seu ponto original, que neste caso seria US$ 23.795.

Um estudo conduzido em 2019 revelou que as lacunas de CME são preenchidas mais de 95% do tempo. Ou seja, eles podem indicar uma forte correção do Bitcoin para abaixo dos US$ 30 mil.

Gráfico com lacuna da CME. Fonte: TradingView

Proximidade de março

Estamos na última semana de fevereiro. Portanto, faltam poucos dias para o início de um mês historicamente negativo para o Bitcoin.

O mês de março tem apresentado desde 2013, quando o Bitcoin se valorizou 181%. Na média, as perdas de março foram de 14,75% desde 2017. Apenas o mês de setembro possui um histórico semelhante.

Histórico de rentabilidade mensal do Bitcoin. Fonte: Coin Metrics/CoinDesk Research

Naturalmente, rentabilidade passada (positiva ou negativa) não implica em rentabilidade futura. Mas caso o histórico se repita, é possível que novas correções apareçam nos próximos dias.

“A história sugere fortemente que há uma sazonalidade no sentimento do mercado de Bitcoin. Esse comportamento pode ser atribuído ao próximo ano fiscal (que começa em 15 de abril nos EUA) e aos traders que vendem Bitcoin para cobrir suas contas fiscais”, aponta Leech.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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