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4 mil pessoas lavaram dinheiro com Bitcoin em 2020, investiga COAF

Crimes envolvendo criptativos também estão na mira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).

Segundo o Relatório de Atividades de 2020, divulgado no dia 3 de março pela instituição governamental, cerca de 674 mil pessoas estão sendo investigadas por lavagem de dinheiro.

Uma fonte ligada ao COAF relatou ao Cointelegraph Brasil que 4 mil dos investigados teriam realizado transações com Bitcoin para cometer fraudes.

Ricardo Liáo, presidente do COAF, afirma que o conselho exerce sua autonomia técnica e operacional de maneira integral.

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Aumento de crimes financeiros envolvendo Bitcoin

O COAF afirmou que as investigações do ano passado geraram 11.612 Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs). O órgão classifica esta marca como inédita, com um aumento de 124%.

Apesar da entidade não divulgar dados sobre os crimes cometidos usando criptomoedas, a fonte informou que os criptoativos não representam a maioria dos casos ligados a financiamento de terrorismo ou lavagem de dinheiro.

O COAF também informou que o número de casos envolvendo moedas digitais vem crescendo. Entre janeiro e maio de 2020, foram mais de 800 denúncias de atividades suspeitas no setor.

Denúncias

Ainda segundo o órgão público, a maior parte das denúncias são protocoladas por empresas atuantes no mercado de criptomoedas no Brasil.

O registro de acusação segue um protocolo rígido da instituição. Primeiro, é realizada uma análise das denúncias pelos auditores.

Caso alguma ação seja considerada suspeita, um relatório é enviado às autoridades competentes.

Não foi confirmado quais empresas envolvidas com criptoativos realizaram as queixas. Copntudo, sabe-se que pelo menos duas exchanges brasileiras já demonstraram apoio às investigações do Conselho: BitcoinTrade e Mercado Bitcoin.

Como noticiado em 2019 pelo CriptoFácil, as duas organizações já se posicionaram publicamente sobre o assunto.

A Bitcoin Trade destacou que rastreia suas transações e informa ao COAF aquelas suspeitas de atividades ilícitas.

Na época, Daniel Coquieri, COO da empresa, explicou como funcionava o processo de fiscalização da exchange:

“O cliente que opera na BitcoinTrade tem um CPF atrelado a ele, além de uma série de checagens sobre as transações financeiras e de declarações de Imposto de Renda.”

Caso Sérgio Moro

Em 2019, Polícia Federal e COAF investigaram se as ações dos hackers que invadiram o celular do Sérgio Moro, ainda Ministro da Justiça, foram motivadas por pagamentos em Bitcoin.

A Operação Spoofing, como foi nominada, constatou que os suspeitos movimentaram mais de R$ 627 mil. Contudo, os investigados não informaram as chaves da carteira com o saldo em Bitcoin.

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Juliana Nascimento

Jornalista com ascendente em áries que curte board games, livros e séries/filmes.

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