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O whitepaper mais revolucionário da tecnologia moderna

Existem datas que ficarão marcadas para sempre na história. Datas que mostram o alcance da genialidade humana através da criação de grandes máquinas e realização de grandes feitos.

O dia 20 de julho de 1969 será marcado para sempre como o dia em que o homem superou as barreiras do seu próprio mundo e conquistou a fronteira do espaço ao pisar pela primeira vez na lua. Em 24 de janeiro de 1984, dois Steves (Jobs e Wozniak) revolucionaram a forma que vemos os computadores ao lançarem o Macintosh, reduzindo uma máquina que poderia pesar toneladas ao tamanho de uma maleta. 25 de dezembro de 1990 cravou o nome de Tim Bernes-Lee no mundo da tecnologia quando ele fez a primeira comunicação HTTP bem sucedida, criando as bases para a internet que conhecemos hoje.

Para juntar-se a esse seleto grupo de criadores, em 31 de outubro 2008, um anônimo (ou vários), que se intitulou de Satoshi Nakamoto, lançou as bases para mais uma revolução: a criação do dinheiro digital e descentralizado, o Bitcoin e, junto com ele, um livro público, transparente e seguro chamado Blockchain.

Subprime

Há exatamente 45 dias de Nakamoto publicar o WhitePaper (Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System), no The Cryptography Mailing, despontava a crise financeira de 2008, chamada crise do Subprime, que culminou com a falência de um dos maiores e mais tradicionais bancos de investimentos americanos, o Lehman Brothers, e a queda das bolsas de valores por todo o mundo.

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O sistema financeiro tradicional vivia seu maior colapso desde a crise de 29. Era preciso reinventar, descentralizar e tornar o sistema financeiro mais transparente para que o cidadão comum, sempre o maior prejudicado pelas crises, tivesse o poder sobre o seu dinheiro e não ficasse mais à mercê dos “homens de wall street”, que transformavam as economias das pessoas comuns em bônus estratosféricos à seu próprio benefício. Com isso, seguindo a filosofia Cyberpunk, nascia a revolução que teve seu primeiro bloco minerado em janeiro de 2009 quando Satoshi minerou o gênesis block com a recompensa de 50 bitcoins.

Já durante a primeira transação de Bitcoin, na qual Nakamoto enviou 10 btc para o programador Hal Finney, as negociações iniciais com Wei Dai, Nick Szabo (todos criadores de projetos de moedas virtuais anteriores ao Bitcoin) e ao desenvolvimento e ampliação do fórum bitcointalk, a moeda virtual começou a trilhar seu caminho “to the moon” e então a New Liberty Standard estabeleceu o primeiro valor da moeda em US$1 = 1.309,03 btc. O valor foi estabelecido por meio de uma equação que combinava os custos de eletricidade necessários para gerar um bitcoin. Um pouco mais tarde, em 06 de março de 2010, surgiu a “The Bitcoin Market”, a primeira exchange de Bitcoin do mundo.

O futuro

Hoje, aquela ideia inicial que Nakamoto começou a trabalhar em 2007 não é mais apenas um código de programação, linhas criptográficas carregadas de filosofia, e sim um “negócio” de mais de US$102 bilhões que deixa os governos e governantes por todo o mundo atônitos. As autoridades governamentais estão cada vez mais ansiosas para entender o que é esta revolução que promete ser uma alternativa às moedas emitidas pelos bancos centrais ou, para os mais entusiastas, um substituto total da moeda fiat.

Banqueiros, investidores tradicionais e os “lobos de wall street”, aqueles mesmos responsáveis pelo colapso de 2008, desprezam, chutam, cospem e tentam difamar o Bitcoin na tentativa de compreender como um “ativo financeiro” pode ser controlado por todos e ao mesmo tempo não ser controlado por ninguém, ao ponto de não se curvar para as decisões dos EUA, da China ou de tantos outros países que, dia após dia, por não entenderem a tecnologia e o que ela representa lançam suas profecias de proibição e demonizam o que foge ao seu controle.

São nove anos de uma história de variações e atualizações, gráficos nervosos que sobem e caem em velocidades, muitas vezes, imprevisíveis. Nove anos de um caminho que passou pela Silk Road, pelo Wikileaks e por muitas estradas seja de luzes, um pouco mais ao lado da Dark Web ou aquelas que pretendem ser mais escalonáveis como as da Lightning Network. Nove anos de uma revolução “a la Ghandi”, sem armas, mas com poder disruptivo.

Há um filme que diz que a revolução não será televisionada, porém a revolução do Bitcoin é mais transparente, registrada toda num livro descentralizado, público e open source, na qual todos podem acompanhar mas ninguém pode comandar e nem impor suas vontades acima da comunidade. A história, diferente do que diz Fukuyama, ainda não chegou ao fim e nunca chegará. O futuro do Bitcoin e da Blockchain depende apenas de nós mesmo e ninguém pode segurar aquilo que não pode controlar. Isso é uma revolução sem precedente. Take the red pill.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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