R$ 240 milhões em criptomoedas apreendidos e 800 presos em operação

Um total de US$ 48 milhões (R$ 242 milhões) em criptomoedas e dinheiro foram apreendidos pelo FBI em uma megaoperação internacional. A ação, que prendeu mais de 800 suspeitos em 17 países, contou com a ajuda de um “aplicativo espião”.

Na prática, os agentes conseguiram descriptografar comunicações entre suspeitos que, sem saber, usavam aparelhos rastreados pelo FBI.

Foram analisadas cerca de 27 milhões de mensagens de mais de 12 mil dispositivos em 100 países. A partir deste conteúdo, os agentes descobriram detalhes das atividades criminosas de mais de 300 grupos organizados. Entre eles, a máfia italiana, quadrilhas internacionais de tráfico de drogas e as tríades asiáticas.

De acordo com o vice-diretor de operações da Europol, Jean Philippe Lecouffe, as buscas foram realizadas em mais de 700 regiões nos 17 países mencionados. A lista de países inclui Estados Unidos, Itália, Holanda, Nova Zelândia, Austrália, Alemanha e Suécia.

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Além das mais de 800 prisões e das criptomoedas, as autoridades apreenderam 8 toneladas de cocaína, 22 toneladas de maconha e 2 toneladas de drogas sintéticas. Um total de 250 armas e 55 carros de luxo também foram encontrados.

A quantidade de criptomoedas e a forma da apreensão não foram especificadas pelo FBI.

Operação Escudo de Troia

A operação Escudo de Troia teve início em 2018 e contou com a colaboração de 9.000 agentes.

Conforme informou a revista Vice, naquele ano, o FBI contatou um criminoso que havia sido preso por participar de um esquema com smartphones criptografados conhecidos como Phantom Secure.

Os criminosos usavam estes aparelhos nos negócios ilícitos, pois o sistema permitia que os conteúdos fossem apagados de forma remota. 

Então, o FBI ofereceu ao criminoso a redução de sentença e US$ 100 mil para despesas, em troca de colaboração. O homem, que era desenvolvedor de softwares, aceitou atuar como informante do FBI.

A mando das autoridades, ele entrou em contato com seus antigos fornecedores e vendeu a eles 50 smartphones desenvolvidos pelo FBI, chamados Anom. O aparelho possui um recurso que permite aos agentes descriptografar e armazenar as mensagens trocadas.

FBI no bolso

De acordo com a polícia australiana, os celulares foram usados em atividades criminosas em 100% dos casos.

“Os aparelhos circulavam organicamente e se tornaram populares entre os criminosos, que confiavam na legitimidade do aplicativo porque figuras reconhecidas do crime organizado o defendiam”, disse a polícia da Austrália em um comunicado.

Na coletiva desta terça, o comissário da agência australiana, Reece Kershaw, comentou que os criminosos andavam “com a polícia federal no bolso”.

Além disso, usavam os celulares para compartilhar fotos de grandes remessas de drogas e informações sobre o transporte.

Kershaw disse ainda que, só na Austrália, 21 planos de assassinato foram interrompidos graças ao ANOM. Ao todo, o FBI estima que mais de 100 pessoas em risco foram salvas.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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