Embora muitos especialistas tenham apontado que o aumento do interesse institucional foi a peça fundamental para a recente alta no preço do Bitcoin, que tirou o criptoativo da faixa dos US$3 mil para o atual preço acima de US$10 mil, para Zhao Changpeng, também conhecido como CZ, CEO e fundador da Binance, uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, o que fez o preço do Bitcoin aumentar foi a demanda do “varejo”.
“O número de instituições que entram nesta indústria ainda não aumentou muito em 2019”, declarou ele em uma entrevista à Bloomberg.
Segundo a reportagem, embora tanto o comércio institucional quanto o de varejo estejam crescendo na exchange, os investidores individuais respondem por cerca de 60% do volume negociado – aproximadamente a mesma porcentagem do ano passado, disse Zhao, afirmando que esse crescimento vem, em parte, graças à maior disponibilidade de negociação de margem.
Como reportou o CriptoFácil, a Binance anunciou oficialmente sua nova plataforma, a Binance 2.0, que, após forte demanda dos traders, permitirá operações e margem com alavancagem de até duas vezes com as principais criptomoedas do mercado: Bitcoin (BTC), Binance Coin (BNB), Ethereum (ETH), XRP, Tether (USDT) e Tron (TRX).
Somente no primeiro dia de lançamento, segundo CZ, 10 mil traders emprestaram cerca de US$15 milhões em fundos. A nova funcionalidade de margem permite que os usuários da Binance ampliem seus negócios emprestando fundos. Por exemplo, se você negociar US$1.000 com 2x de alavancagem, estará efetivamente negociando com US$2.000. Enquanto permite alavancar seus ganhos, o risco é maior, pois a desvantagem também é amplificada. Na BitMex, por exemplo, é possível fazer alavancagem de até 100x.
“Eu diria que a maioria das pessoas até o final do ano estará usando margem em alguma capacidade. É bastante seguro usar para ser honesto. Haverá mais volume de negociações e potencialmente maior volatilidade”, finalizou.
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