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1º de abril: 5 mentiras sobre o Bitcoin ainda contadas

Comemorado em praticamente todo o mundo, o Dia da Mentira sempre é repleto de pegadinhas. E não foi diferente entre os entusiastas do Bitcoin.

Muitas das piadas foram realmente criativas, como a criptomoeda dos saudosos Teletubbies. Outras, com a compra de 150 mil Bitcoin pelo Google, soaram quase verdadeiras.

Porém, ainda existem várias mentiras faladas sobre o Bitcoin no dia-a-dia. E muitas delas são apresentadas em capas de revista com tom de verdades estabelecidas. Essas sim merecem ser desmascaradas.

Nesta data, é importante ressaltar as cinco maiores mentiras ditas sobre o Bitcoin. E, claro, qual a verdade por trás delas.

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“Bitcoin é uma bolha, não tem valor”

Esta talvez seja a mais antiga – e mais persistente – das mentiras sobre o Bitcoin. Diversos gestores, políticos, banqueiros e outras figuras ainda insistem em utilizar esse argumento.

Para eles, as fortes correções no preço do Bitcoin são provas dessa tal bolha. Ademais, o fato dele não ter “fluxo de caixa” seria a prova de que o Bitcoin não possui valor.

Contudo, já está claro que isso não passa de um mito. O Bitcoin possui valor em diversos aspectos. Para pessoas de países pobres e com moedas em frangalhos, ele é, muitas vezes, a única forma de evitar a fome e a pobreza.

O Bitcoin também é a forma mais rápida e barata de transferir valores. Isso pode ser visto a cada transação bilionária que é feita em minutos e paga taxas irrisórias.

Além disso, a criptomoeda se comporta em ciclos de queda e valorização. Porém, ele sempre estabelece fundos maiores ao longo do tempo — mas sempre com tendência de alta.

“É uma moeda de criminosos e hackers”

O primeiro site que teve destaque ao utilizá-la foi o Silk Road, uma plataforma de venda de drogas e outros remédios ilícitos. Além disso, ainda são comuns casos de hackers que sequestram computadores e pedem resgates em Bitcoin.

Por isso, a criptomoeda ficou associada com essas atividades. Muitos ainda acreditam que o principal uso do Bitcoin é para crimes e compra de drogas. Isso não poderia estar mais distante da verdade.

Na verdade, o Bitcoin é o pior meio que alguém pode utilizar para cometer crimes. Afinal, todas as transações são públicas e podem ser auditadas. Dessa forma, qualquer criminoso pode ser rapidamente identificado por meio da blockchain.

Por outro lado, o dinheiro fiduciário é muito mais eficiente. Um estudo de 2020 mostrou que 90% das cédulas de dólar em circulação possuem traços de cocaína. Ou seja, bandidos ainda preferem utilizar dinheiro vivo, não Bitcoin.

“Não serve para comprar o cafezinho”

As taxas do Bitcoin também são alvo de distorções. Segundo os críticos, o Bitcoin é ineficiente para ser usado em pequenas transações. Por exemplo, a compra de um cafezinho.

Nessa crítica, pagar um café de R$ 5 em Bitcoin e ter que pagar R$ 10 em taxas tornaria a transação inviável. Assim, o Bitcoin não serviria para ser utilizado no dia-a-dia.

Realmente as taxas do Bitcoin estão crescendo desde o ano passado, afinal a demanda pelo seu uso aumentou. Contudo, elas ainda estão em níveis baixos quando comparado ao auge de 2017/2018.

Por outro lado, já existem soluções que estão sendo testadas para reduzir ainda mais essas taxas, como a Lightning Network. No futuro, elas podem tornar o uso do Bitcoin mais barato até para o cafezinho.

“Vai destruir o meio ambiente”

Recentemente, um bilionário norueguês lançou várias críticas ao modelo de mineração do Bitcoin. Ele criticou a mineração dizendo que ela consumia a mesma quantidade de energia que a Noruega inteira.

Ele chegou até a sugerir o banimento do Bitcoin. Contudo, nove dias depois ele mudou de ideia e resolveu comprar Bitcoin.

A verdade é menos dramática. O Bitcoin usa, hoje, menos de 0,5% da energia elétrica consumida no mundo. Ele emite cerca de 10 a 20 milhões de toneladas (Mt) de emissões de CO2 por ano.

Em números absolutos, parece muito. Mas isto representa apenas cerca de 0,06% do volume global anual. Praticamente todas as grandes indústrias financeiras consomem mais energia que o Bitcoin.

Além disso, boa parte da eletricidade consumida pelo Bitcoin é oriunda de fontes renováveis. Ou seja, polui muito menos do que os mercados tradicionais.

“Pode ser inflacionado”

E o fracionamento? Não é um problema para a escassez dessa moeda?”

Li esta dúvida no Twitter e, para minha surpresa, parece algo geral. O código do Bitcoin é programado para que existam apenas 21 milhões de Bitcoins. E cada unidade pode ser dividida em até 100 milhões de unidades menores, intituladas satoshis.

No entanto, essa divisão em nada interfere na escassez do Bitcoin. Dividir um Bitcoin não fará com que sua oferta aumente, apenas facilita seu uso em unidades menores.

Imagine uma pizza com 1 metro de diâmetro. Ela pode ser dividida em duas grandes metades ou em 1.000 pedaços pequenos. Contudo, ela vai continuar sendo apenas uma pizza. A divisão não altera a quantidade.

Por isso, não se preocupe. O Bitcoin continuará sempre escasso, independentemente de quão divisível ele se torne. Nenhum governo ou entidade pode emitir mais de 21 milhões. Trata-se de mais um mito.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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