15 nações estão planejando criar um sistema para monitorar transações com criptomoedas juntamento com o GAFI (Grupo de Ação Financeira Internacional), conforme matéria da Coindesk divulgada na última sexta-feira, 12 de agosto.
De acordo com o relatório Nikkei Asian Review, o objetivo é conter o uso de criptomoedas para fins ilícitos, como lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. O sistema pretende coletar e compartilhar dados sobre as transações com criptomoedas, bem como informações pessoais dos usuários envolvidos.
O GAFI, órgão internacional responsável pelo combate à lavagem de dinheiro, será o administrador do projeto que deve ser finalizado em 2020 e entrará em vigor nos anos seguintes. O desenvolvimento do sistema ficará a cargo do grupo de 15 nações, nos quais estão incluídos membros do G7, Austrália e Cingapura.
GAFI e G7 unidos
Em junho, o GAFI emitiu normas sobre a regulação de criptoativos, estabelecendo que seus 30 países-membros (entre eles o Brasil) deveriam estabelecer regras para provedores de serviços de criptomoedas que incluam monitorar e relatar transações suspeitas e compartilhar dados sobre usuários de criptomoedas com outras plataformas.
O G7 também alertou em julho que as criptomoedas como a Libra do Facebook são uma ameaça à estabilidade financeira global e que regras de “mais altos” padrões são necessárias para minimizar o uso de moedas digitais na lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.
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Além dos órgãos, o tema também esteve presente na reunião do G20 ocorrida em junho no Japão. Na ocasião, os líderes pediram ao Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) e às organizações globais de definição de padrões que monitorem os riscos em torno dos criptoativos.
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