Os ministros das Finanças e os presidentes dos bancos centrais dos países que compõem o grupo do G20 pediram ao Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) e às organizações globais de definição de padrões que monitorem os riscos em torno dos criptoativos.
O pedido foi feito em um comunicado conjunto publicado no site do Ministério das Finanças do Japão neste domingo, 09 de junho, após a reunião do G20 realizada na cidade japonesa de Fukuoka. Os líderes que assinaram o documento pediram que às instituições relevantes que dediquem sua atenção aos criptoativos e seus riscos.
“Pedimos ao FSB e aos órgãos de definição de padrões para monitorar os riscos e considerar o trabalho em respostas multilaterais adicionais, conforme necessário”, afirmou o comunicado.
A declaração também aponta que “inovações tecnológicas, incluindo aquelas subjacentes a criptomoedas, podem trazer benefícios significativos ao sistema financeiro e à economia em geral”. A mesma frase também foi incluída no documento divulgado após a cúpula do G20 realizada em julho do ano passado em Buenos Aires, Argentina. Depois de expressar tal otimismo, os autores do artigo também levantaram preocupações sobre essas tecnologias:
“Enquanto os criptoativos não representam uma ameaça à estabilidade financeira global, estamos atentos aos riscos, incluindo aqueles relacionados à proteção do consumidores e investidores, lavagem de dinheiro e ao combate ao financiamento do terrorismo (CFT).”
A mais recente declaração observa que as partes envolvidas aguardam com expectativa a adoção da Nota Interpretativa do Grupo de Ação Financeira (FAFT, na sigla em inglês) e orientação sobre criptoativos “no plenário [do FAFT] no final deste mês”.
Os líderes também afirmam que reafirmam seu compromisso para aplicar as normas do FAFT recentemente alteradas para criptoativos. Conforme anunciado com exclusividade pelo CriptoFácil, as empresas brasileiras também deverão se adaptar às normas do FAFT para combate a lavagem de dinheiro.
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O documento também afirma que os ministros das finanças e os governadores dos bancos centrais saúdam o trabalho sobre criptoativos realizado por órgãos reguladores internacionais, a Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários e o FSB. Esse trabalho supostamente faz parte dos esforços para criar uma regulamentação mundial, como o CriptoFácil apontou em dezembro do ano passado.
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