Em visita ao Brasil, por conta de uma reunião em Brasília com representantes do governo da Espanha, Fundo Monetário Internacional (FMI), Polícia Federal, Banco Central e outras instituições, além de membros do setor privado, Marconi Costa Melo, secretário-executivo do GAFI (Grupo de Ação Financeira Internacional) na América Latina, destacou que a instituição está muito preocupada com o uso de criptomoedas para lavagem de dinheiro.
Segundo reportagem do jornal Valor, Melo também disse que o GAFI está buscando evitar que Bitcoin e criptoativos sejam usados para financiar ações terroristas.
“Quem compra e vende [criptomoedas] também deveria cumprir as obrigações de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo”, disse.
Melo reconhece que o tema é muito novo e que os reguladores têm que adaptar-se às transformações digitais. O executivo também destacou as recomendações que o GAFI tem feito no G20, buscando que as nações adotem um conjunto de regras para evitar que os criptoativos sejam usados em práticas criminosas.
“É muito novo. O tema está sendo regulamentado internacionalmente”, afirmou.
Já sobre o Brasil, Melo disse que o país avançou muito no combate à lavagem de dinheiro nos últimos anos, mas ainda é “prematuro” fazer uma avaliação de como o país vai se sair quando for avaliado.
“Em vários aspectos o país progrediu muito, mas é claro que a comunidade internacional também ficou mais exigente nos últimos dez anos”, destacou.
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