Segurança

Fórum Econômico Mundial alerta que CBDCs, inclusive o Drex, são vulneráveis a hackers

O Fórum Econômico Mundial (WEF) emitiu recentemente um alerta contundente sobre a vulnerabilidade das moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) a ataques de decriptação por sistemas de computação quântica. Esses eventuais ataques também poderiam afetar o Drex.

De acordo com o WEF, embora os computadores quânticos ainda estejam em fase experimental, suas capacidades emergentes representam uma ameaça significativa para a segurança dos sistemas financeiros digitais.

A computação quântica, apesar de ainda estar em desenvolvimento, possui provas de conceito que demonstram sua capacidade de resolver problemas específicos que os computadores tradicionais não conseguem resolver em um tempo razoável.

No entanto, a possibilidade de “Q-Day” – o ponto hipotético em que atores mal-intencionados poderão quebrar a criptografia padrão com computadores quânticos – ainda parece distante, com previsões variando de alguns anos a décadas.

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Entre as indústrias potencialmente afetadas pela ameaça quântica, o setor de ativos digitais está entre os mais vulneráveis. De acordo com o WEF, esta ameaça pode “quebrar” as CBDCs, incluindo o Drex, a moeda digital do Banco Central do Brasil.

Em um post de blog de 21 de maio, o WEF afirmou que “os bancos centrais devem incorporar agilidade criptográfica nos sistemas de CBDC para se defender contra ataques cibernéticos quânticos que visam a infraestrutura de pagamento”.

Riscos das CBDCs

O WEF identificou três ameaças específicas que a computação quântica pode representar para as CBDCs:

1. Quebra de Criptografia em Movimento. Computadores quânticos poderiam ser usados para interceptar transações à medida que ocorrem, quebrando a criptografia que protege esses dados em tempo real.

2. Impersonação de Identidade. A computação quântica poderia comprometer sistemas de verificação de identidade, permitindo que atores mal-intencionados inserissem identidades falsificadas no sistema.

3. Roubo de Dados Criptografados para Decriptação Futura. Conhecido como “colher agora, decriptar depois”, este vetor de ataque envolve o roubo de dados criptografados, que são armazenados para serem decriptados por um sistema quântico no futuro. Sob este paradigma, as vítimas podem não perceber que seus dados foram roubados por anos ou até décadas antes que a ameaça se materialize.

Para mitigar ou eliminar essas ameaças, o WEF recomenda que as CBDCs sejam construídas com proteções à prova de quântica desde o início, utilizando uma metodologia chamada “agilidade criptográfica”.

Esta capacidade permite a orquestração e rotação de algoritmos criptográficos com base em ameaças em tempo real. Na prática, isso tornando-se uma defesa contra técnicas de ataque evolutivas.

A agilidade criptográfica proporciona a flexibilidade necessária para atualizar e mudar rapidamente os algoritmos criptográficos conforme surgem novas ameaças. Isso garante que as CBDCs permaneçam seguras à medida que a tecnologia avança.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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