O Itaú, um dos principais bancos do Brasil, revelou ao jornal Valor Econômico que pretende ampliar os serviços baseados em blockchain para os clientes da instituição financeira. Segundo a reportagem, a estratégia faz parte de um novo foco do banco, que reformulou sua área de serviços a investidores, de olho no crescimento do mercado de capitais e da indústria de fundos no país.
De acordo com Carlos Augusto Salamonde, diretor de securities services do Itaú, as estratégias da empresa nesta área são diversas e incluem também a expansão dos serviços em blockchain. Salamonde revela, sem dar muito detalhes, que a instituição “está ajustando a área de gestão de garantias e desenvolvendo plataformas para serviços de escrituração, que deverão usar blockchain para armazenar informações”.
A ampliação de serviços em blockchain do Itaú vem na estéria da modernização das instituições financeiras do Brasil, que têm corrido para se atualizar visando o “open banking”, que deve ser liberado pelo Banco Central em agosto deste ano e marca o processo de digitalização da economia. Com vistas à esta transformação, possivelmente, o Itaú tem investido em novas áreas e buscado novas tecnologias.
No início do ano, o Itaú já havia destacado em seu Relatório Administrativo a importância do uso da tecnologia blockchain em alguns processos da instituição. Inserida no campo “Inovação”, a cadeia de blocos integra uma série de desenvolvimentos que visam tornar o empreendimento de Olavo Setubal inovador e “digital na essência”.
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“Ainda no contexto da inovação, a partir de fevereiro de 2018, utilizamos a tecnologia blockchain para proporcionarmos mais agilidade e rastreabilidade ao processo de negociação das chamadas de margem – garantias que os bancos recebem para reduzir riscos de crédito relacionados às variações desfavoráveis no mercado de derivativos de balcão. Fizemos a primeira operação com uso de blockchain na América Latina para os chamados ‘empréstimos de clube’. A operação realizada foi uma captação do Itaú Unibanco no valor de US$100 milhões”, destaca o relatório.
Outro desenvolvimento do banco em relação à tecnologia blockchain foi uma parceria firmada com a Ripple em fevereiro de 2018, quando a instituição financeira juntou-se à RippleNet com o intuito de facilitar transferências de fundos globais com mais agilidade e menos custos.
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