O Banco Itaú, um dos maiores bancos do Brasil, destacou em seu Relatório Administrativo de 2018 o uso da tecnologia blockchain em alguns processos da instituição. Inserida no campo “Inovação”, a blockchain integra uma série de desenvolvimentos que visam tornar o empreendimento de Olavo Setubal inovador e “digital na essência”.
“Ainda no contexto da inovação, a partir de fevereiro de 2018, utilizamos a tecnologia blockchain para proporcionarmos mais agilidade e rastreabilidade ao processo de negociação das chamadas de margem – garantias que os bancos recebem para reduzir riscos de crédito relacionados às variações desfavoráveis no mercado de derivativos de balcão. Fizemos a primeira operação com uso de blockchain na América Latina para os chamados ‘empréstimos de clube’. A operação realizada foi uma captação do Itaú Unibanco no valor de US$100 milhões”, destaca o relatório.
De fato, em 2018, ao realizar a operação de empréstimo citada no Relatório, o Itaú utilizou a plataforma Corda do consórcio R3 (formado por grandes bancos) e a operação vinha sendo negociada já há seis meses e envolveu cerca de 12 funcionários das instituições, no entanto, como tratou-se de uma prova de conceito, todos os procedimentos também foram feitos nos modos tradicionais (e portanto sem blockchain), mas para Ricardo Nuno, diretor de Tesouraria Banking do Itaú Unibanco na época, os ganhos do uso da blockchain estão na eficiência da troca de informações.
As tecnologias digitais são prioridade para o Itaú, como mostra seu Relatório, e o slogan “Ser Digital” é uma espécie de premissa que orienta os desenvolvimentos da instituição que possui mais de 11 milhões de clientes pessoas física usando os canais digitais do banco.
“Entre todas as tecnologias que surgiram nos últimos anos, a blockchain é a que faz mais sentido realmente para o os bancos”, destacou Nuno.
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