Os líderes das 20 principais economias do mundo estão reunidos em Osaka, no Japão, para “sacramentar”, entre outros, um conjunto de regras globais definidos pelo Grupo de Ação Financeira (FAFT, na sigla em inglês) para o mercado de criptomoedas e conforme adiantou o CriptoFácil em fevereiro, as exchanges e plataformas que operam com criptoativos no Brasil terão, obrigatoriamente, que seguir as orientações do FAFT, que serão apresentadas na reunião do G20 ainda junho no Japão.
No entanto, além das regras que vêm sendo debatidas há mais de um ano, quando o assunto começou a ganhar corpo nas primeiras reuniões do G20 na Argentina em 2018, a criptomoeda do Facebook, Libra, deixou o assunto mais quente nesta reunião que está acontecendo entre os dias 27 e 28 de junho. Segundo uma reportagem do jornal Valor Econômico, nas negociações sobre a declaração dos líderes, uma discordância ficou evidente entre europeus e norte-americanos.
Enquanto os europeus mostram-se bastante preocupados com as implicações de um gigante da internet entrando na área financeira, norte-americanos e ingleses preferem acompanhar de perto a questão para tratar possíveis riscos, mas sem introduzir regulações que gerem barreiras a inovações no setor financeiro. Segundo a reportagem, “para o G20, inovações tecnológicas podem trazer benefícios significativos para o sistema financeiro e para a economia em geral, mas, mesmo que os ‘criptoativos’ não representem hoje uma ameaça à estabilidade financeira global, o grupo dirá que está atento aos riscos”.
Um dos mais “preocupados” com o Facebook seria o Banco Internacional de Compensações (BIS), considerado o Banco Central dos bancos centrais, que já teria dito que a entrada das bigtechs (Facebook, Amazon, Google, Alibaba, entre outras) nos serviços financeiros poderia afetar fortemente a estabilidade financeira tendo em vista seu alcance e dominância, o que afetaria a concorrência.
Ainda segundo a reportagem, os líderes do G20 deverão reafirmar também compromisso com a aplicação dos Padrões FAFT referente às criptomoedas e também assumir o compromisso de intensificar esforços para combater crimes e adaptar o estado ao novo cenário da economia digital.
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