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Ex-líderes da Unick fazem vítimas em nova pirâmide financeira

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Um velho esquema de pirâmide financeira, supostamente resgatado por líderes da Unick, vem lesando várias pessoas no Brasil durante a pandemia de Covid-19.

Trata-se da Roleta Solidária, também conhecida como Mandala da Prosperidade, um esquema que se propaga pelas redes sociais e promete multiplicar o valor investido por pelo menos oito.

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Valor de investimento é baixo

De acordo com uma matéria publicada pelo Jornal NH nesta segunda-feira (31), os criminosos convencem os investidores a aplicar valores baixos no esquema, na faixa de R$ 50. 

Entretanto, a promessa de dinheiro fácil vira prejuízo para os investidores do esquema que está sendo conduzido por um grupo de criminosos de Estância Velha, no Rio Grande do Sul.

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Uma das vítimas foi uma moradora de Laguna, em Santa Catarina. A mulher de 26 anos denunciou à Polícia, na última semana, três estancienses por participarem da roleta solidária.

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Além de ter investido dinheiro no esquema, ela indicou mais de 500 pessoas:

“Não é tanto pelo que perdi. Fiz a queixa porque me sinto culpada pelos parentes, amigos e conhecidos que indiquei. Essas pessoas recomendaram mais gente. É uma bola de neve. Se todos nós fomos enganados, aqui tão longe, imagina como está lá na região dos cabeças”, questionou.

A investidora lesada pelo esquema também observou que o poder de convencimento do grupo se intensificou com a pandemia. Já que a roleta aparece como uma possibilidade de renda extra em tempos difíceis como os atuais.

Esquema “de família”

Ela conseguiu identificar três líderes do esquema, dois irmãos e uma prima e denunciou o grupo:

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“Minha aplicação foi na conta bancária dessa prima. Informei os nomes. Isso tem que parar”, ressaltou.

A moradora de Laguna relatou que recebeu o convite de uma pessoa conhecida pelo Whatsapp no dia 20 de agosto. Assim, foi convencida a participar do esquema e investiu R$ 100.

Ela explicou que conheceu o líder há dez anos e disse que ele está criando muitos grupos no Whatsapp.

Além disso, chegou a propor que ela “abrisse” o esquema em Santa Catarina. Quando a investidora suspeitou que se tratava de um golpe, cobrou explicações do líder: 

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“Ele me xingou. Disse que não adiantava denunciar. Que tem uma prima advogada. Que nos encontraríamos no fórum e lá diria que ele também é vítima. Falou essas coisas pra me intimidar. Não imaginava que eu denunciaria.”

Relação com a Unick

Ainda segundo o Jornal NH, o esquema antigo teria começado a ser explorado em larga-escala por ex-líderes e investidores da Unick.

A empresa prometia rendimentos sobre investimentos em criptomoedas.

Contudo, o esquema foi desmantelado pela Polícia Federal em outubro do ano passado e seus principais líderes foram presos.

As investigações em curso apontam para, dentre outras práticas criminosas, a prática de pirâmide financeira.

Atualmente, 15 envolvidos no esquema são réus e respondem o processo em liberdade.

Suspeito nega envolvimento

Um dos suspeitos de liderar o esquema em Estância Velha é um vendedor autônomo de 27 anos.

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No entanto, ele nega envolvimento na roleta solidária.

“Me convidaram para entrar. Fiquei no amarelo daquela roleta e saí. Não vou dar dinheiro para os outros, pois 50 pilas fazem falta”, disse. “Tem muita gente fazendo, mas eu não trabalho com isso. Todo mundo desconfia por causa da Unick, essas coisas. O pessoal pensa que é pirâmide. Ela [investidora lesada] entrou porque quis. E indicou muitas pessoas.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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