Apesar de ser um dos bancos que tem sem mostrado menos amigável às plataformas de criptomoedas no Brasil, o Bradesco (que fechou a conta da exchange Braziliex) utilizará a tecnologia da Ripple para realizar transferências internacionais para o Japão, numa parceria com o MUFG Bank, ex-Bank of Tokyo Mitsubishi UFJ. O produto em si é o mesmo que o Santander lançou neste ano, também com a startup norte-americana, que permite o envio de dinheiro, no caso nacional, para o Reino Unido. Em ambos casos, as instituições bancárias destacam que o maior ganho será em velocidade, pois no sistema atual, que usa o código SWIFT, transações transfronteiriças podem demorar até três meses, enquanto que usando Ripple e blockchain, os clientes poderão fazer operações em tempo real e a baixo custo.
Além desta implementação, no Japão, o MUFG Bank está, junto com um consórcio de outros 61 bancos no país, desenvolvendo uma criptomoeda própria, uma stablecoin com paridade com o iene, para circular dentro de uma “Rede de Compensação de Pagamentos dos Bancos Japoneses”, também conhecida como Zengin. O consórcio, que iniciou os tentes, para esta plataforma com a Ripple e depois estudou também o Ethereum, decidiu caminhar para um token próprio na esperança de aumentar a funcionalidade da plataforma e evitar a volatilidade que um ativo pode ter.
Já no Brasil, o Bradesco, como mostrou o Criptomoedas Fácil, juntou-se à B3, bolsa de valores brasileira, e ao consórcio R3 para desenvolver uma plataforma em blockchain inédita no mercado financeiro e de capitais, que tem como objetivo simplificar o registro de CDBs (certificado de depósito bancário – um título que os bancos emitem para se capitalizar e financiar suas atividades), além de ampliar a eficiência dos processos existentes e proporcionar inovações tecnológicas. A plataforma, que já foi concebida pelo Bradesco dentro do seu hub de inovação, o InovaBra, será também aberta para a participação de outras instituições financeiras e fintechs. A B3 ainda fará os últimos ajustes para apresentar o projeto ao Banco Central (BC).
Além da utilização da plataforma Corda (do consórcio R3) para CDBs, o banco também faz testes piloto envolvendo, em especial, as plataformas Corda, Hyperledger e Quorum. Uma das aplicações em desenvolvimento é o “Bradesco Push Service”, ainda sem data para chegar no mercado.
“Nossa proposta é criar uma rede blockchain com a tecnologia R3 Corda para envio de mensagens para correntistas e não correntistas avisando se houve ou não determinado pagamento”, diz George Marcel, especialista responsável por blockchain no Bradesco.
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