Os líderes da Unick Forex Danter Silva, Marcos da Silva Kronhardt e Paulo Sérgio Kroeff seguem presos, após alegarem não possuir recursos financeiros para pagar a fiança de R$200 mil imposta a cada um deles.
A defesa dos mesmos tentou reduzir o valor, ou até pedir a desconsideração do montante, sendo o pedido negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo uma notícia do UOL publicada nesta sexta-feira, 06 de março, investidores fizeram uma “vaquinha” para arrecadar os R$600 mil para tirar os três membros da Unick da cadeia – sendo arrecadado um total de pouco mais de R$1.000.
Os apoiadores da vaquinha
De acordo com a reportagem, a vaquinha foi organizada por líderes da Unick para libertar os membros ainda reclusos. Segundo um vídeo do canal Verdades que Chocam, contudo, quantias doadas para a vaquinha supostamente não estão aparecendo na conta – ou seja, os valores estão sendo desviados.
Foram arrecadados R$1.092 por meio de 26 “apoiadores”, que deixaram as mais diversas mensagens. O comentário de um apoiador, chamado José dos Santos, dá a entender que a contribuição se deu no sentido de soltar os membros da Unick para que eles possam liberar os valores retidos.
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“Espero que eu possa receber porque esse dinheiro que tá lá me faz muita falta.”
Outros apoiadores, mais religiosos, apelam para altas figuras do cristianismo, como a apoiadora identificada como Maria Oliveira:
“Tenho fé. E em nome de Jesus vai dar tudo certo.”
Joselito Inácio, outro apoiador, comenta em tom de apoio:
“Tudo pela nossa querida Unick.”
A vaquinha foi criada em Ilópolis, cidade localizada no Rio Grande do Sul que fica a cerca de 200km da capital, Porto Alegre. Ainda segundo o canal Verdades que Chocam, a pessoa responsável pela organização da iniciativa supostamente se chamaria Daiane.
Líderes seguem presos
Apesar do apoio dado à “nossa querida Unick”, os três membros da suposta pirâmide financeira já mencionados no artigo, bem como o homem tido como chefe do esquema, Leidimar Lopes, seguem presos.
No mais recente pedido de liberdade impetrado por Leidimar Lopes que, assim como todos os outros anteriores, foi negado, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármem Lúcia fundamentou a impossibilidade de libertar Lopes por ser ele o comandante da “organização criminosa”.
Ademais, um áudio vazado pela página Desmascarando Pirâmides Financeiras do Facebook mostra uma conversa entre Lopes e uma pessoa desconhecida, na qual o líder da Unick afirma ter pago um hacker para derrubar sites de notícia que veiculavam atualizações sobre a espiral problemática na qual a empresa se encontrava.
Sem pagar os clientes desde o segundo trimestre de 2019, os 1.500 Bitcoins apreendidos da Unick não são suficientes para ressarcir toda sua rede de clientes, segundo o delegado responsável pela Operação Lamanai – que culminou no desmantelamento do esquema.
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