O mercado global de stablecoins alcançou um novo patamar, com Tether (USDT) e USD Coin (USDC) dominando o setor.
De acordo com um relatório da Bloomberg, baseado em dados da plataforma DeFi Llama, o valor de mercado das stablecoins apresentou um aumento de 46% em 2024, atingindo um recorde de aproximadamente US$ 191,6 bilhões até o momento.
A Tether, maior emissora de stablecoins do mundo, teve sua moeda USDT atingindo uma circulação de aproximadamente US$ 133 bilhões, o que representa 69% do mercado global.
Enquanto isso, a USD Coin (USDC), emitida pela Circle, alcançou um valor de mercado de US$ 39,5 bilhões, um aumento em relação aos US$ 24 bilhões em circulação no final de 2023. A USDC agora detém 21% do mercado global.
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Histórico e recuperação do setor de stablecoins
Após a queda da TerraUSD em 2022, que gerou um colapso de US$ 19 bilhões no mercado de stablecoins, o setor recuperou forças e atingiu US$ 170 bilhões em agosto de 2024.
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Esse crescimento teve relação com fatores como a postura favorável do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, em relação às criptomoedas, que ajudou a elevar os preços de diversos ativos digitais.
O Bitcoin, por exemplo, ultrapassou US$ 99 mil, enquanto o valor total do mercado cripto aumentou em US$ 0,88 trilhão desde a vitória de Trump.
O uso de stablecoins em transações internacionais tem ganhado relevância. A Tether recentemente concluiu sua primeira transação de petróleo bruto, conectando uma empresa de petróleo listada em bolsa no Oriente Médio a uma grande negociadora de commodities.
No Reino Unido, mudanças regulatórias previstas para 2025 também podem favorecer as criptomoedas estáveis, de acordo com a secretária econômica Tulip Siddiq. A proposta do governo visa criar um marco regulatório para stablecoins, dando continuidade ao plano traçado pela administração anterior.
Além disso, há expectativa de que haja alguma flexibilização das regras rigorosas da Financial Conduct Authority (FCA) para registro de empresas cripto.
Stablecoins no Brasil
Enquanto isso, no Brasil, as stablecoins também estão no foco. Na semana passada, por exemplo, o Banco Central do Brasil anunciou que lançará uma nova consulta pública para regulamentar o mercado de criptomoedas no país. Desta vez, o foco estará nas operações de câmbio realizadas com ativos digitais, especialmente stablecoins.
A autoridade monetária avalia possíveis critérios de licenciamento de câmbio para algumas empresas do setor de criptoativos, sobretudo aquelas que operam com stablecoins.
Outro destaque envolvendo stablecoins no Brasil tem a ver com a moeda digital pareada ao real BRL1. Na semana passada, o consórcio BRL1 confirmou a expansão da stablecoin BRL1 para mais de 20 exchanges internacionais. Além disso, firmou parcerias estratégicas estabelecidas em mercados-chave como Cidade do México, São Francisco, Luxemburgo, Dubai, Ilhas Cayman, Singapura, Londres, Buenos Aires, Taipei e Gibraltar.
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