O ex-CEO da FTX Sam Bankman-Fried (SBF) tem um depoimento marcado para 13 de dezembro no Congresso dos Estados Unidos. No entanto, é pouco provável que SBF compareça perante os deputados estadunidenses na data estipulada.
O pedido partiu da congressista democrata Maxine Waters, que solicitou a SBF que fosse ao Congresso prestar esclarecimentos sobre a falência da FTX. Não se trata de uma intimação oficial, mas sim de um convite que o ex-CEO tem a liberdade de aceitar – Waters realizou o convite de maneira informal via Twitter.
Em seguida, SBF também utilizou o Twitter para responder ao convite feito pela congressista. Ao retuitar a mensagem de Waters, SBF respondeu:
“Rep. Waters e o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara. Depois de terminar de investigar e revisar o que aconteceu, sinto que é meu dever comparecer perante o Comitê e explicar. Não tenho certeza se isso acontecerá até o dia 13. Mas quando isso acontecer, eu vou testemunhar”, afirmou SBF.
Usuários questionam relação entre FTX e a política
A relação entre SBF, sua exchange e a política estadunidense ganhou os holofotes após o colapso da exchange. Dados mostram que SBF foi um dos maiores doadores individuais para campanhas de políticos ligados ao partido Democrata, incluindo a campanha do presidente Joe Biden.
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De fato, a própria congressista Waters recebeu parte dessas doações, o que levou a comunidade a questionar sua presença. Muitos disseram que não fazia sentido colocar como juiz do caso FTX alguém que recebeu benefícios diretos da exchange.
Além disso, os usuários, bem como membros da comunidade, questionaram os motivos que SBF escolheu para não ir depor. De acordo com essas pessoas, o ex-CEO tem a obrigação de prestar os devidos esclarecimentos sobre o colapso da plataforma.
Enquanto se recusa a ir até o Congresso, SBF tem participado de vários eventos públicos, sendo o mais recente deles organizado pelo jornal New York Times na quarta-feira passada. Conforme noticiou o CriptoFácil, SBF pediu desculpas pelo colapso da FTX, mas disse que não teve intenção de causar nenhuma fraude.
Jake Chervinsky, chefe de política da Blockchain Association, apontou que SBF se recusa a testemunhar perante o Congresso porque “mentir sob juramento é menos atraente”. Ou seja, Chervinsky está entre os que duvidam das declarações recentes de arrependimento do ex-CEO.
Alguns questionam o tratamento dado pelo Congresso dos EUA a SBF, apesar de ele mentir para os clientes e concordar que seus erros levaram ao colapso do FTX.
O bilionário Elon Musk também concorda que SBF não deve receber tratamento prioritário ou atenção da mídia até sua audiência no tribunal. Ele também afirmou que a SBF contribuiu com mais de US$ 1 bilhão para apoiar os democratas nas eleições realizadas em novembro desse ano.