Uma ilha pouco conhecida, de ambiente pacato e bucólico, localizada em uma das principais metrópoles do Brasil, a Ilha da Gigóia, no Rio de Janeiro, é o palco de um projeto ambicioso: ter cada estabelecimento comercial aceitando Bitcoin como meio de pagamento.
Essa é a ideia do vendedor de criptoativos Thiago Guimarães. Vendedor P2P e fundador da Criptoplace, Guimarães também realiza um grande trabalho de identificação e denúncia de golpes envolvendo criptoativos. E foi para falar sobre sua nova ambição – levar o Bitcoin para os cerca de 3 mil moradores da ilha, transformando o local na primeira “criptoilha” brasileira – que o CriptoFácil conversou com exclusividade com Guimarães a respeito do projeto.
O projeto
A criptoilha é um projeto executado a quatro mãos por Guimarães e por Ana Élle. A ideia da criptoilha nasceu justamente de uma conversa entre ambos.
“Ana e eu temos amigos em comuns no mundo dos criptoativos. Um dia, conversando sobre projetos futuros, ela comentou comigo sobre a ideia de transformar uma ilha aqui no RJ na Crypto Island. Como ela já morou lá , fez algumas reuniões com associação de moradores e a ideia foi bem aceita”, explicou.
Guimarães explicou seu entusiasmo com o projeto pelo fato de ele estar em sintonia com um de seus objetivos: tornar mais fácil o acesso aos criptoativos como meio de pagamento.
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“Eu sempre tive esse pensamento desde quanto abri a Criptoplace. Qualquer pessoa poder ir lá e comprar ou vender criptomoedas sem dificuldades. Algo tão fácil quanto ir na padaria e comprar um café.”
PundiX
Para executar o projeto, Guimarães e Élle fizeram uma parceria com a empresa PundiX, que ficou conhecida pelo seu celular com blockchain que permite fazer ligações sem a necessidade de operadoras de telefonia.
A empresa também possui uma maquineta PoS para empresas que desejam aceitar criptoativos em suas vendas. E é justamente esse equipamento que será utilizado no projeto da criptoilha.
“A PundiX possui uma máquina igual às de cartão de crédito e débito, só que ela aceita criptomoedas. A máquina permite pagamentos com Bitcoin, Binance Coin, Ethereum e a moeda da Pundi X. Além disso, ela também possui seu próprio cartão”, explicou Guimarães.
Dessa forma, a PundiX facilita a vida tanto dos comerciantes quanto dos clientes, que podem gastar os seus criptoativos pelas carteiras e também via cartão. Com isso, os moradores da Ilha da Gigóia podem usá-los por meio de uma ferramenta que lhes é familiar, diminuindo o risco de perda dos criptoativos.
Estabelecimentos
Sobre quais estabelecimentos começarão a aceitar criptomoedas na ilha, Guimarães afirmou que o projeto ainda não possui adesões na ilha. Mas a sondagem e estabelecimentos já começou.
“Aqui nas ilhas ainda não temos as máquinas instaladas, somente em algumas bancas de jornais em São Paulo. Mas estive la no final de semana e contei algo em torno de 60 estabelecimentos nas 2 principais, a Ilhas da Gigóia e Ilha Primeira. De início vamos focar nesses, e conforme o negócio der certo vamos expandir em algumas outras empresas que já temos em mente, mas que ainda não podemos revelar nomes.”
A previsão, segundo ele, é que entre os dias 20 e 30 de junho já existam estabelecimento na ilha aceitando criptomoedas como meio de pagamento. Guimarães também explicou que um dos objetivos da “criptoilha” é educar as pessoas a utilizarem criptomoedas da forma correta.
“Nosso maior foco nesse projeto e levar a facilidade de comprar, vender e usar criptomoedas da forma adequada, como um meio de pagamento. Comprar em exchanges hoje em dia é difícil; com P2P também está ficando complicado. Vamos descomplicar: é só ir até qualquer estabelecimento da ilha e comprar. Simples assim”, finalizou.
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