As possibilidades de comunicação e segurança de dados que podem ser exploradas por meio da tecnologia blockchain começam a despertar o interesse de empresas voltadas para a massificação da blockchain por meio de smatphones.
Depois da Sirin Labs com o Finney e a HTC com o Exodus, imagens vazadas recentemente revelaram que a Samsung, uma das maiores fabricantes de celulares do mundo, também estaria perto de integrar blockchain e criptomoedas em seu novo dispositivo o Galaxy S10.
No entanto, talvez uma dos desenvolvimentos mais notáveis neste campo tenha sido o da PundiX, que deu vida ao XPhone, um protótipo de smartphone que permite, entre outras funções, fazer ligações sem a necessidade de uma operadora de telefonia, tudo feito via blockchain.
“Na Pundi X, acreditamos em aproveitar a tecnologia blockchain e encontrar maneiras de integrá-la à vida cotidiana das pessoas e torná-la melhor. Para este fim, nunca paramos de procurar maneiras de encontrar e criar novos aplicativos para blockchain. É este espírito que nos levou a criar o primeiro dispositivo de ponto de venda acionado por blockchain do mundo. E hoje é isso que nos levou a trazer blockchain para o mundo da telefonia, transmissão de dados e armazenamento; um mundo muito além das transações e transferências financeiras.”, destacou Pitt Huang, cofundador da empresa.
João Victor Mendes da PundiX Brasil destaca que o FunctionX não é um aparelho que pretende concorrer com os gigantes do setor, mas uma prova de conceito cujo objetivo é demonstrar como funciona o software que a empresa desenvolveu e como ele pode ser integrado em smartphones de diferentes empresa e rodar em cima de sistemas já estabelecidos como Android e IOS.
Desta forma, o celular habilita uma espécie de “modo blockchain”, como pode ser observado em um vídeo de demonstração feito pela empresa. Este modo, chamado de “Função X”, envolve cinco componentes: Função X OS, Função X Blockchain, Função X IPFS, Protocolo FXTP e o Docker Function X. Todos os cinco têm um único propósito, que é descentralizar aplicativos, sites, comunicações e dados.
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Cada dispositivo no ecossistema Function X será um nó e cada um terá seu próprio endereço e chave privada, unicamente vinculados aos seus nomes de nós, não muito diferentes dos endereços URL e IP tradicionais.
Uma vez cadastrado, se alguém quiser acessar os dados públicos de um usuário ou algum conteúdo disponibilizado por ele, pode digitar FXTP: //xxx.pitt, da mesma forma que é feito hoje em dia no protocolo https: //. Já para fazer uma ligação ou mandar uma mensagem via blockchain por meio da aplicação, é necessário digitar os comandos “call.pitt”, “message.pitt” ou “mail.pitt” (este último em caso de e-mail).
A transmissão de dados é executada então em blockchain usando o mesmo sistema que o Bitcoin (ou outros criptoativos), por meio de uma chave pública e outra privada, garantindo a privacidade das informações compartilhadas e também a privacidade nas ligações, mensagens e toda troca de dados.
Mendes destaca que, desta forma, a Função X pode ser habilitada com um simples deslizar dos dedos em qualquer celular com qualquer sistema operacional. Para mostrar toda a potencialidade da Função X aplicada nos aparelhos de celular, a empresa fabricará 5 mil dispositivos que devem estar prontos ainda este ano e não devem ser comercializados massivamente ao grande público. Atualmente, todo o desenvolvimento da Função X já esta disponível para fabricantes e desenvolvedores de smartphones.
“Nosso celular é uma prova de conceito para mostrar como aplicações em blockchain podem se integradas no nosso dia-a-dia. Nossa visão é permitir as pessoas usufruírem desta tecnologia e de suas vantagens. Para isso estamos construindo uma rede de nodes que vai possibilitar escalabilidade total a rede para lidar com grande fluxo de dados. Cada maquininha nossa, cada celular, cada aplicação pode ser um node e ser recompensado por isso. Nosso objetivo não é se posicionar como uma fabricante de hardware mas como uma empresa de software para que o modo blockchain seja incorporado aos celulares já disponíveis. Assim cada celular habilitado como a Função X será um node e terá um nome na rede que vai permitir receber e realizar ligações via blockchain, além de outras funções e, por ser um node, também pode ser remunerado pelo trabalho de validação e conexão que pode prestar a toda a rede”, finaliza Mendes.
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