O tribunal da Nigéria adiou a decisão sobre o pedido de fiança do executivo da Binance, Tigran Gambaryan, para o dia 9 de outubro. O juiz Emeka Nwite fez o anúncio do adiamento na última quarta-feira (4) após ouvir os argumentos tanto da defesa de Gambaryan quanto da promotoria.
O advogado de defesa, Mark Mordi, apresentou no dia 2 de setembro um novo pedido de fiança para Gambaryan, citando motivos de saúde. De acordo com relatos, o executivo, que é cidadão dos Estados Unidos, sofre de malária, pneumonia, amigdalite e complicações decorrentes de uma hérnia de disco. Essas condições, segundo os argumentos, afetaram significativamente sua capacidade de caminhar.
Mordi solicitou, então, que a corte concedesse a fiança por um período de seis semanas para que Gambaryan pudesse receber tratamento médico adequado.
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Executivo da Binance segue preso da Nigéria
Nos últimos dias, um vídeo que se espalhou nas redes sociais mostrou Gambaryan mancando ao entrar no tribunal. Isso gerou uma onda de críticas à forma como o governo nigeriano tem conduzido o caso.
Membros da comunidade cripto expressaram sua indignação com a situação, incluindo o editor de cripto da Fortune Magazine, Jeff Roberts. Ele criticou as autoridades nigerianas em um post:
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“Vergonha para o governo da Nigéria. Eles sequestraram um homem inocente em uma tentativa de extorquir a Binance em US$ 10 bilhões — e agora estão sujeitando-o a tortura e humilhação.”
Recusa de tratamento médico
De acordo com o veículo local Nairametrics, que cita um relatório médico da Clínica Anexa da Casa de Estado em Abuja, Gambaryan teria recusado medicamentos e alimentos prescritos durante seu tempo de detenção. Um neurocirurgião havia recomendado que o executivo fizesse uso de medicamentos, fisioterapia e cirurgia de discectomia lombar urgente, após ele relatar dores nas costas e ansiedade, problemas que vinha gerenciando há mais de 12 anos.
No entanto, o executivo da Binance teria manifestado insatisfação com o tratamento recebido, afirmando que um tribunal havia decidido que seus cuidados deveriam ocorrer no Hospital Nizamiye. Em função disso, ele teria recusado, em diversas ocasiões, o tratamento prescrito e a alimentação, na tentativa de garantir sua transferência para o hospital de sua escolha.
O relatório ainda apontou que o histórico médico de Gambaryan, no Hospital Nizamiye, indicava que ele já sofria de sinusite e infecção pulmonar antes de ser internado na unidade.
