Após os avanços da China em lançar seu yuan digital, o Japão está empenhando esforços para que as CBDCs (sigla em inglês para moedas digitais emitidas por bancos centrais) entrem na pauta da reunião do G7, que ocorrerá este ano.
De acordo com um relatório da Reuters, divulgado nesta sexta-feira, dia 7 de fevereiro, Akira Amari, ex-ministro da Economia e membro do Partido Democrata Liberal no poder, informou que o Japão está se preparando para apresentar a proposta de sua moeda digital na próxima semana. Paralelamente a isto, os principais parlamentares japoneses estão pressionando os Estados Unidos, que presidem o G7, para que incentivem a entrada do tema na agenda do grupo.
Mesmo relativamente distante de lançar propriamente sua moeda digital, por conta de questões técnicas e legais, o Japão deseja atuar em parceria com os Estados Unidos para compartilhar informações e realizar estudos técnicos sobre as moedas digitais.
“Devemos pedir aos Estados Unidos, como presidente, que incluam (moeda digital) na agenda do G7”, informou Amari. “Vivemos em um mundo estável, liderado por acordos em dólares. Como devemos responder se essa fundação entrar em colapso e se (a ação da China) criar uma luta pela supremacia da moeda?”, questionou ele.
Japão teme yuan digital
Conforme informou o CriptoFácil, depois que a China anunciou seus planos para o lançamento do yuan digital, alguns parlamentares japoneses demonstraram preocupação com a ideia de expansão do yuan como moeda de liquidação em economias emergentes. Isso poderia ameaçar a hegemonia do dólar, principal moeda usada pelo Japão em transações e acordos.
O projeto da stablecoin liderado pelo Facebook, a Libra, ligou o alerta para que países começassem a pensar em emitir suas próprias moedas digitais, as CBDCs. Prova disto é que no final de janeiro, um grupo de seis importantes Bancos Centrais foi formado para avaliar possíveis casos de moedas digitais de banco central.
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Os bancos centrais do Japão, Canadá, Inglaterra, União Europeia, Suécia e Suíça e o Banco de Compensações Internacionais (BIS) – que funciona como o banco dos Bancos Centrais – irão compartilhar experiências e avaliar os casos de uso de CBDCs.
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