O G7, Grupo das sete nações mais ricas do mundo, elaborou um relatório que diz que as “stablecoins globais” representam uma ameaça ao sistema financeiro global. O relatório foi divulgado no site da BBC neste final de semana.
O relatório do G7 descreveu os vários riscos associados ao que o Grupo chama de “stablecoins globais”. Ele também afirmou que, mesmo que as empresas membros da Associação Libra possam abordar questões regulatórias satisfatoriamente, a stablecoin pode não obter a aprovação necessária por parte dos órgãos reguladores. O relatório será apresentado aos ministros das Finanças do G7 em uma reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta semana.
“O G7 acredita que nenhum projeto de stablecoin deve entrar em operação até que os desafios e riscos legais, regulatórios e de supervisão sejam tratados adequadamente. Lidar com esses riscos não é necessariamente uma garantia de aprovação regulatória para um acordo de stablecoin”, afirmou o documento.
O G7 também afirma que as stablecoins globais com potencial de escalar rapidamente suas operações podem sufocar a concorrência e ameaçar a estabilidade financeira se os usuários perderem a confiança nas moedas tradicionais.
Mais problemas para Libra?
A BBC afirma que, apesar do relatório não destacar o projeto Libra do Facebook, isso poderia significar mais problemas para a stablecoin, que chegou a ser alvo da França na última reunião do G7 ocorrida em junho no país.
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Os reguladores globais buscam impor cada vez mais regras ao projeto do Facebook. Recentemente, o Banco da Inglaterra estabeleceu as disposições que a Libra deve cumprir antes de poder ser emitida no Reino Unido.
O CEO do Facebook Mark Zuckerberg testemunhará perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA sobre a Libra no final deste mês. A Deputada Democrata Maxine Waters, chefe do Comitê, tem sido uma das mais notáveis críticas da Libra no Congresso. No início deste ano, o comitê redigiu uma lei intitulada “Mantenha as grandes companhias de tecnologia fora das finanças“.
A Libra sofreu baixas de grandes empresas parceiras de seu consórcio, que deixaram o projeto recentemente. Em 04 de outubro, a rede de pagamentos PayPal se retirou da organização e logo foi seguida por Visa, Mastercard, Stripe e eBay.
Além disso, um banco chamado Finco Services, com sede no estado de Delaware, iniciou uma ação contra o Facebook alegando violação de marca registrada, concorrência desleal e “designação de origem falsa” em relação ao logotipo da Libra. O autor também está processando seu ex-designer, que também elaborou o logotipo da criptomoeda, por reutilizar o design da empresa.
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