Um homem, conhecido como “ator”, suspeito de integrar uma pirâmide financeira no Rio Grande do Sul, foi ouvido pela Polícia Civil.
Às autoridades, ele confessou que ganhou uma BMW X6, avaliada em R$ 170 mil, para atrair investidores para o esquema.
Além disso, recebeu mais R$ 40 mil em dinheiro e a promessa de mais R$ 60 mil dos líderes do esquema que lesou mais de 200 pessoas.
Ele era conhecido como ator porque passava por um executivo de uma seguradora durante festas e viagens para atrair vítimas.
Com a ajuda dele, a suposta pirâmide teria dado um prejuízo de R$ 50 milhões, dos quais R$ 10 milhões foram lavados com criptomoedas.
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“Ator” vai ser indiciado
De acordo com a GauchaZH, nesta quinta-feira, dia 6 de agosto, a Polícia Civil divulgou os detalhes do depoimento de “ator”, que trabalhava como detetive particular.
“Em depoimento, ele confirmou que foi acionado pelos líderes do esquema e disse que se fazia passar por um executivo chamado Luís e que tinha informações privilegiadas sobre negociações e cartas de consórcio. O trabalho dele era despertar o interesse pelo lucro fácil e alto em novos integrantes da pirâmide”, disse o delegado responsável pelo caso, Ivanir Caliari.
Embora já tenha concluído o inquérito, a polícia vai indiciar mais cinco pessoas à justiça, incluindo o detetive. No entanto, ele poderá responder pelo caso em liberdade.
Sobre o esquema
Conforme noticiou o CriptoFácil, o suspeito de integrar a pirâmide que atuava no Vales do Paranhana e do Sinos, foi alvo de uma operação em 29 de julho.
Na ocasião, a Polícia Civil fez buscas na casa do investigado, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, mas não o encontrou.
Antes disso, em 5 de junho, a Polícia Civil havia deflagrado a Operação Faraó para desarticular o esquema. No total, 14 pessoas foram indiciadas e os dois líderes da pirâmide foram presos.
Na ação, a polícia ainda apreendeu mais de 60 veículos, mas a BMW que o detetive recebeu ainda não foi localizada.
A Operação Faraó também sequestrou judicialmente vários imóveis, dentre eles uma mansão avaliada em R$ 6 milhões, em Taquara, no Vale do Paranhana.
Como noticiou o CriptoFácil, o imóvel foi parcialmente destruído por um incêndio no dia 27 de julho.
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