Cerca de 16 carros, entre veículos de luxo e carros populares, serão leiloados no Distrito Federal no próximo dia 02 de abril. Os automóveis pertenciam aos diretores e organizadores da pirâmide financeira Kriptacoin e foram apreendidos em 2017, no âmbito da operação Patrick, realizada pela Polícia Civil do Estado que estava investigando o esquema.
Segundo informações do portal de notícias G1, todos os carros estão prontos para o leilão e já estão recebendo visitas de supostos interessados em dar lances nos veículos que estão com preço mais “em conta”. Os lances iniciais vão de R$35.000 a R$1.350.000 por uma Lamborghini. Embora alto, o valor pode ainda ser convidativo, afinal um dos modelos que serão leiloados, uma Ferrari por exemplo, teria sido comprada pelos pirâmideiros por R$1.250.000, enquanto no leilão, ela pode ser adquirida (caso o lance inicial seja o vencedor) por R$750.000, quase 40% de “desconto”.
As investigações da polícia revelaram que os veículos eram usados como propaganda da pirâmide financeira construída em torno de uma criptomoeda falsa chamada Kriptacoin, que prometia aos seus investidores um retorno financeiro acima de 30% e ganhos “eternos” de rentabilidade.
“Eles [os carros] eram utilizados como forma de simular e ostentar para as pessoas que aquilo era um bom investimento e que aquelas pessoas que investiam naquela moeda virtual íam se tornar milionárias, ricas da noite para o dia”, destaca Marcelo Portella, Delegado da Coordenação de Repressão a Fraudes.
Uma aeronave e um helicóptero também foram apreendidos durante a operação, mas não serão leiloados. Todo o valor obtido com o leilão, por meio de um acordo do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) com os proprietários, será revertido para o pagamento parcial das vítimas do golpe.
Os organizadores da pirâmide financeira Kriptacoin são acusados de movimentar R$250 milhões angariados com a fraude que teria atingido cerca de 40 mil pessoas. Em abril de 2018, os réus foram condenados por crime contra a economia popular, ocultação de bens, falsidade ideológica e organização criminosa, com penas que variaram de 3 a 11 anos de prisão. Eles também são acusados de crimes de lavagem de dinheiro e pirâmide financeira.
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