Nesta segunda-feira (25), o Ethereum (ETH) voltou a atingir sua máxima histórica. A criptomoeda chegou aos US$ 1.475 em algumas exchanges, atingindo seu maior valor em dólares desde janeiro de 2018.
Já a alta histórica em reais veio antes. No dia 24 de janeiro, a ETH superou a barreira dos R$ 8 mil pela primeira vez na história. Atualmente, seu preço é negociado a R$ 7.880, após experimentar um breve recuo.
Nas últimas 24 horas, a valorização foi de 6,74%. Com isso, a ETH já acumula uma alta de 135% no mês de janeiro.
Com tal cenário, era de se imaginar que uma correção possa estar a caminho. No entanto, alguns analistas apontam que três fatores podem impulsionar mais valorizações da ETH no médio prazo:
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- Finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês);
- Adoção da ETH e crescimento da rede;
- Gráfico de preço da criptomoeda.
DeFi continua em alta
Parte da alta da ETH se deve ao crescimento das DeFi. Esses tokens passaram a ter forte demanda, e como muitos são construídos no Ethereum, a demanda pela ETH cresce junto.
Recentemente, dois dos principais tokens DeFi (AAVE e UNI) entraram na lista das 20 maiores criptomoedas em valor de mercado. Ambos têm apresentado valorizações significativas nas últimas semanas.
Tudo isso fez o valor das DeFi disparar. Hoje são mais de US$ 26 bilhões em valor alocado, o equivalente a R$ 140 bilhões na cotação atual. Um recorde histórico.
A título de comparação, exatamente um ano atrás esse valor era de meros US$ 840 milhões. Ou seja, o valor alocado nas DeFi cresceu 30 vezes em apenas um ano.
“Com o crescimento exponencial das DeFi, a rede Ethereum foi muito beneficiada com isso. A demanda por transações ETH atingiu recentemente níveis não vistos desde janeiro de 2018. Naquela época, quando o principal caso de uso para Ethereum era a captação de recursos por meio de ICOs”, disseram analistas do IntoTheBlock.
Transações e adoção da ETH crescem
Outra métrica fundamental para a ETH foi o aumento do seu uso. NOs últimos sete dias, a quantidade diária de transações no Ethereum chegou a 1,17 milhão. Esse é o maior número desde janeiro de 2018.
Quanto mais a rede é utilizada, maior a demanda pela ETH. E com a alta demanda, o preço da criptomoeda tende a disparar. Novamente, os tokens DeFi possuem um grande papel nisso.
“Este crescimento no número de transações coincide com a adoção das DeFi. Ele também teve um efeito positivo no número de endereços ativos diários, sendo em média 550 mil diários. O aumento foi de 100% em relação ao ano anterior”, disseram analistas do IntoTheBlock.
Otimista ou pessimista?
Por fim, o indicador mais claro da tendência de preço da ETH é o seu próprio gráfico. E para o analista Yaz Sheikh, a tendência hoje é bastante positiva.
“A ETH certamente está em alta agora. A moeda precisaria cair abaixo de US$ 900 para se tornar neutra agora e teria que continuar abaixo de US$ 600 (média móvel de 200 dias) para correr o risco de tendência de baixa”, explicou.
Por fim, Sheikh foi otimista mas realista. Ele detalhou possíveis regiões de suporte que podem indicar reversão da tendência.
“Se os vendedores empurrarem para baixo, o primeiro nível de suporte fica em US$ 1400. Isso é seguido por US$ 1350, US$ 1336, US$ 1256 (0,236 Fib), US$ 1200 (borda inferior do canal) e US$ 1120 (0,382 Fib)”, disse.
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