A Circle, empresa responsável pela stablecoin USDC, anunciou um grande passo para facilitar o acesso ao dólar digital em mercados globais de alta demanda. Agora, empresas no Brasil e no México podem acessar a USDC diretamente através dos sistemas de pagamentos instantâneos nacionais, Pix e SPEI, sem a necessidade de transferir fundos para bancos internacionais.
Conforme destacou a Coinbase em um anúncio divulgado nesta terça-feira (17), isso marca um avanço significativo na disponibilidade local da stablecoin.
A integração com os principais bancos brasileiros e mexicanos permitirá que as empresas adquiram USDC a partir de moedas locais — o Real (BRL) no Brasil e o Peso (MXN) no México. Na prática, isso elimina a necessidade de converter previamente para dólares americanos.
Além disso, esse acesso instantâneo promete reduzir drasticamente o tempo de processamento, que antes podia levar dias, para apenas alguns minutos. Essa agilidade libera capital que, antes, ficava preso em processos de liquidação internacional.
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Coinbase libera acesso à USDC para empresa no Brasil
Essa novidade é especialmente relevante para empresas com operações na América Latina, onde grande parte das transações comerciais internacionais ocorre em dólares. No México, que é um dos maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos, mais de US$ 800 bilhões em bens e serviços são trocados anualmente.
No Brasil, cerca de 95% dos US$ 640 bilhões em comércio exterior também utilizam o dólar como moeda de referência. Isso inclui o comércio direto com os EUA, que movimenta cerca de US$ 120 bilhões por ano.
Outro aspecto importante é o impacto nas remessas internacionais, sobretudo na rota EUA – México, que é a maior do mundo. Em 2023, as remessas para o México somaram US$ 63 bilhões, representando até 4% do PIB do país. Com o uso de stablecoins como a USDC, o custo dessas transferências pode ser muito menor do que as remessas tradicionais, que costumam ter taxas médias de 6,35% do valor enviado.
Conforme destacou a Coinbase, além de oferecer mais velocidade e economia, a inclusão da USDC nos sistemas de pagamento de Brasil e México fortalece o interesse crescente de instituições financeiras tradicionais pelos benefícios da tecnologia blockchain.
A Circle afirmou que acredita que essa convergência entre finanças tradicionais e blockchain irá se expandir ainda mais, com novas integrações locais em outros mercados ao redor do mundo.
Com esse avanço, empresas da América Latina poderão aproveitar mais facilmente as vantagens do dólar digital, usando o USDC não só para otimizar suas operações, mas também para oferecer uma opção moderna e acessível de pagamento aos seus clientes.