Do Kwon, cofundador da empresa Terraform Labs, por trás do projeto fracassado Terra (LUNA), foi oficialmente acusado em Montenegro, onde foi preso no dia 23 de março.
De acordo com uma reportagem do portal local DL News, publicada nesta quinta-feira (20), promotores em Montenegro acusaram Do Kwon de fazer e usar um passaporte falso e outros documentos de identificação em sua tentativa de voar para Dubai no mês passado. Os promotores apresentaram a acusação ao Tribunal Básico montenegrino.
Conforme noticiou o CriptoFácil, a polícia de Montenegro prendeu Do Kwon no aeroporto de Podgorica com documentos falsificados, incluindo um passaporte da Costa Rica. A polícia também prendeu Han Chang-Joon, sócio e companheiro de viagem de Kwon, na mesma ocasião. Assim como Do Kwon, a Coreia do Sul também acusa Han de fraude financeira.
Extradição de Do Kwon
Poucos dias após a prisão, autoridades dos Estados Unidos e da Coreia do Sul – país natal de Do Kwon – pediram a sua extradição. Ambos os países investigam Kwon pela ruína do projeto Terra (LUNA). Ele enfrenta acusações de conspiração, fraude, manipulação de mercado e vários outros crimes. O colapso da criptomoeda LUNA e stablecoin UST, da rede Terra, em maio de 2022, deixou um prejuízo estimado em US$ 60 bilhões.
Mas já naquela ocasião as autoridades de Montenegro disseram que a extradição poderia não ocorrer imediatamente. Isso porque os processos judiciais de Montenegro teriam prioridade e ainda haveria o julgamento da dupla pelo crime de falsificação de documentos de identificação.
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Agora, com a acusação formal, os pedidos das autoridades dos EUA e da Coreia do Sul para extraditar Kwon podem levar ainda mais tempo.
Prisão prolongada
Após a prisão, um tribunal inicialmente ordenou que Kwon e Han ficassem presos por 30 dias. Ou seja, eles estariam “livres” já nesta semana. Mas nesta quinta-feira (20), Haris Šabotić, promotor do Ministério Público Estadual, disse que pediu ao tribunal que prorrogasse a detenção.
“Após a decisão sobre a extensão da detenção pelo tribunal, o público será informado sobre todas as informações disponíveis sobre este caso”, disse Maja Kosovic, porta-voz do tribunal, em nota ao DL News.
Se condenados pelas acusações de documentos falsos, os dois podem pegar penas de prisão que vão de três meses a cinco anos.