A Shinhan Financial Investment, empresa do segundo maior banco da Coreia do Sul, oferecerá empréstimos de ações peer-to-peer (P2P) via blockchain, informou a Coindesk neste sábado, 03 de agosto.
Com o novo serviço, que será lançado ainda em 2019, os detentores de ativos poderão emprestar e tomar emprestados valores mobiliários diretamente de outros indivíduos, em vez de passarem por um intermediário (corretoras ou bancos).
A Shinhan Financial Investment, que é uma corretora relacionada ao Shinhan Bank, segundo maior grupo bancário sul-coreano, está desenvolvendo a capacidade em cooperação com a Directional, uma empresa também sul-coreana que foi autorizada pela Comissão de Serviços Financeiros (FSC, na sigla em inglês) do país a fornecer empréstimos e empréstimos de ações como parte da iniciativa de sandbox do governo.
Eliminando comissões e intermediários
Com o serviço P2P, os proprietários individuais de ações serão capazes de emprestar suas ações de forma fácil e barata diretamente a outras pessoas, recebendo uma taxa em troca do empréstimo. Os vendedores a descoberto individuais poderão, potencialmente, tomar emprestado ações de contrapartes dispostas sem ter que pagar taxas exorbitantes a grandes instituições.
Operações de empréstimo de títulos (conhecidas no Brasil como “aluguel de ações”) são normalmente ineficientes e caras para os investidores, exceto aqueles que possuem grandes somas. As comissões que costumam ser cobradas são altas e tomam boa parte dos ganhos do investidor.
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Os sandboxes, que estão sendo agressivamente impulsionados pela atual administração, permitem a suspensão temporária das regulamentações bancárias para o teste de tecnologias e serviços inovadores. A Direcional recebeu sua suspensão em maio sob um programa de sandbox do mercado financeiro anunciado pela FSC em abril.
Até o momento, a Shinhan não divulgou um cronograma com prazos para o lançamento do serviço.
Busca pela blockchain
O Shinhan Bank tem sido agressivo em sua busca por soluções em blockchain. Há dois anos, começou a usar a tecnologia para a verificação de barras de ouro. Desde então, swaps de taxas de juros e remessas internacionais também se tornaram casos de uso de blockchain pelo banco.
Em maio deste ano, foi relatado que o banco usaria a tecnologia para verificação de empréstimos, permitindo que os clientes enviassem eletronicamente documentos que antes precisavam ser apresentados em papel, e muitas vezes pessoalmente, e autenticados manualmente.
Como a maioria dos bancos comerciais na Coreia do Sul, o Shinhan está mais entusiasmado com a blockchain do que com os criptoativos, rastreando a posição oficial do governo, mas contrariando o apetite dos clientes por criptomoedas.
O Shinhan também busca parcerias com exchanges para fornecer contas bancárias para essas empresas. Porém, o tratamento do governo sul-coreano para essas empresas, o banco reforçou suas práticas de vigilância na abertura de contas para exchanges. Embora seja esperada uma extensão de seu contrato com a Korbit, exchange local que possui conta no Shinhan, preocupações com possíveis fraudes podem fazer o banco encerrar a conta da empresa do setor de criptoativos.
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