Um dos chefes do Bank for International Settlements (BIS, na sigla em inglês), também conhecido como o “Banco Central Mundial” ou “Banco Central de todos os bancos centrais”, criticou o Bitcoin afirmando ser “uma combinação de bolha com pirâmide financeira”, e, devido ao alto consumo de energia necessário para a atividade de mineração, ele também é um “desastre ambiental”.
Nesta terça-feira, 06 de fevereiro, Agustin Carstens, gerente geral do BIS, advertiu que as criptomoedas poderiam tornar-se “parasitas” no sistema financeiro e argumentou que elas deveriam seguir os mesmos padrões que outros serviços bancários, de acordo com uma publicação feita pela Coindesk, agência de notícias especializada no universo cripto.
A Forbes, revista norte-americana, acrescenta que Carstens diz que as criptomoedas não devem prejudicar a confiança nos bancos centrais. Ele completou dizendo que as consequências da destruição dessa confiança foram prejudiciais historicamente, fazendo referência a produção de moedas no século 19 por bancos privados como causa da turbulência que posteriormente provocou a criação do Sistema de Reserva Federal.
“A forma moderna, testada, confiável e resiliente de proporcionar confiança no dinheiro público é o banco central independente” – afirmou Carstens, enquanto elogiava a proteção que os bancos oferecem aos consumidores e investidores.
Carstens também afirmou que as criptomoedas não são “sustentáveis como o dinheiro”, acrescentando que elas não conseguem cumprir a definição básica de uma moeda. A volatilidade das criptomoedas, prosseguiu ele, é tolerada principalmente por aqueles que “evitam impostos ou lavam dinheiro”.
As observações de Carstens colocaram-no na lista de chefes de estado e figuras financeiras influentes que condenam o Bitcoin e outras criptomoedas.
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