O desmatamento no Brasil está paralisando o processo de conclusão do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia (UE).
Embora os analistas não vejam uma saída fácil para o Brasil, a tecnologia blockchain pode ajudar a acelerar a ratificação do acordo.
Pelo menos é no que acredita um dos principais negociadores do acordo pela UE, Rupert Schlegelmilch.
Desmatamento no Brasil trava acordo
Conforme noticiou o Correio Braziliense, o acordo em questão foi firmado no ano passado após 20 anos de negociação.
Entretanto, nos últimos meses, Bélgica, Áustria, Holanda e França anunciaram restrições devido às questões ambientais brasileiras.
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Nesse sentido, muitos importadores vêm boicotando os produtos do Brasil, em especial os oriundos de áreas desmatadas. Ao mesmo tempo, estão exigindo rastreabilidade dos exportadores.
E é aí onde a tecnologia blockchain entra.
Blockchain é a solução
Em um seminário organizado pela Câmara de Comércio Internacional, Rupert Schlegelmilch destacou que é preciso criar “condições políticas” para o processo de ratificação.
O tratado enfrenta resistências de vários sócios da UE e também do Parlamento Europeu.
Segundo o Valor Econômico, as soluções apontadas pelo negociador para o Brasil conseguir diminuir a resistência à ratificação do acordo foram: investir mais e priorizar a rastreabilidade de produtos exportados à Europa.
“Dar aos consumidores aqui [da Europa] uma ideia clara de que o que vem do Brasil é produzido de modo sustentável e pode ser rastreado”, destacou.
Mais especificamente, Schlegelmilch mencionou a tecnologia blockchain como uma ferramenta capaz de ajuda a fazer essa cadeia de identificação.
Rastreabilidade com blockchain
Umas dos principais usos da tecnologia por trás das criptomoedas é justamente na rastreabilidade de cadeias produtivas.
Com blockchain, é possível mapear a origem e a trajetória de um produto até o consumidor final. Dessa forma, a tecnologia pode auxiliar na detecção de insumos e produtos provenientes de áreas de desmatamento.
Conforme noticiou o CriptoFácil, uma das iniciativas mais recentes no Brasil nesse âmbito é da JBS, uma das maiores indústrias de alimentos do mundo.
Seu programa “Juntos pela Amazônia” prevê o rastreamento com blockchain dos fornecedores indiretos de gado.
O programa é uma resposta à pressão dos consumidores e investidores no que diz respeito ao desmatamento da floresta.
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