Em 2020, muitas personalidades e empresas proeminentes do mercado de criptomoedas foram apreendidas e presas.
Segundo a CipherTracer, nos primeiros dez meses de 2020 as perdas com furtos, ataques hackers e fraudes totalizaram colossais US$ 1,8 bilhão. Em reais, o valor pode chegar a R$ 9 bilhões.
No entanto, o número ainda está atrás do registrado em 2019, quando o produto desses crimes ultrapassou R$ 23 bilhões. Mas o que deu destaque ao ano foram as pessoas e empresas envolvidas.
Por isso, hora de conferir quais foram as prisões e processos que marcaram o ano.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
John McAfee preso por conta de ICO
No dia 5 de outubro, o empresário e entusiastas de criptomoedas JohnMcAfee foi preso na Espanha. A prisão ocorreu por conta de um processo movido pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês).
A prisão de McAfee ocorreu pela divulgação de Ofertas Iniciais de MOedas (ICOs) falsas. De acordo com a SEC, o empresário teria recebido até R$ 126 milhões para divulgar estas ICOs.
McAfee também foi acusado de ganhar milhões em receitas com trabalho de consultoria. Porém, ele não apresentou declaração de imposto de renda desses ganhos, incorrendo em crive de evasão fiscal.
Prisão do fundador da OKEx
A exchange OKEx sofreu um duro golpe em 16 de outubro. O motivo foi a prisão de Mingxing “Star” Xu, cofundador da exchange.
Depois de ficar inacessível por mais de trinta dias, Xu finalmente fez uma aparição na mídia no WeChat em 19 de novembro. Segundo o CEO, o caso foi um mal-entendido logo resolvido pelas autoridades.
No entanto, isso não ajudou a amenizar a situação. A exchange chegou a suspender as retiradas de criptomoedas dos seus clientes. devido ao caso.
O episódio chegou a causar uma correção no preço do Bitcoin. A OKEx só foi retomar os saques em 27 de novembro, mais de um mês após o episódio.
BitMEX processada pelo governo dos Estados Unidos
No dia 01 de outubro, uma das maiores exchanges do mundo foi pega de surpresa. A BitMEX foi acusada de violar as leis bancárias dos EUA.
Com isso, Arthur Hayes e outros altos executivos da empresa foram processados. A ação partiu da Comissão de Negociação de Futuros e Commodities (CFTC, na sigla em inglês). Além dela, o Departamento de Justiça também processou a BitMEX.
O caso resultou na demissão de Hayes e dos executivos envolvidos. E a BitMEX precisou anunciar uma série de medidas de compliance para recuperar a credibilidade, que foi duramente afetada pelo caso.
Operadores da PlusToken
Em julho, o governo da China prendeu nada menos que 109 pessoas ligadas ao suposto esquema de pirâmide PlusToken. A prisão incluiu seis dos principais líderes do grupo.
A PlusToken foi considerado um dos maiores esquemas de pirâmides do mundo. Baseado na China, o projeto se apresentou como uma carteira de criptomoedas que proporcionava altos retornos. Para isso, os usuários precisavam comprar um token intitulado PLUS.
No entanto, tudo não passava de uma farsa. A PlusToken teria lesado mais de 2 milhões de pessoas e arrecadou cerca de US $ 5,7 bilhões, cerca de R$ 29 bilhões na cotação atual.
Ripple vs SEC
E o caso mais recente envolveu a Ripple, empresa por trás do token XRP. Ela foi processada pela SEC por uma suposta violação das leis de valores mobiliários dos EUA.
Segundo o processo, a Ripple foi acusada de fazer ofertas desde 2013 sem contar com o aval da SEC. A autarquia avaliou em R$ 6,5 bilhões os valores arrecadados pela empresa com as vendas.
Além da Ripple, foram processados o fundador da empresa, Chris Larsen, e o atual CEO, Brad Garlinghouse. O caso ainda está em andamento, mas já causou um impacto bastante negativo tanto na reputação da Ripple quanto no preço do XRP.
Leia também: CVM proíbe Forex Prontabit de atuar no Brasil
Leia também: “Otimismo com Bitcoin, risco em outras criptomoedas”, afirma veterano
Leia também: Confira 3 razões para ter cautela sobre o XRP