A Worldcoin, controverso projeto do criador do ChatGPT, anunciou nesta sexta-feira (11) o lançamento de um novo recurso para ampliar sua base de usuários. Nesse sentido, o novo recurso permitirá que até usuários não verificados reservem tokens WLD.
Desde o lançamento, o usuário precisava registrar sua identidade para poder receber os tokens. Isso inclui o registro ocular no Orb, ferramenta de leitura de íris criada pela empresa. Mas com a nova funcionalidade, as pessoas poderão fazer uma reserva antecipada dos tokens mesmo sem ter registro.
O objetivo da Worldcoin de construir a maior identidade e rede financeira do mundo. No entanto, o projeto atraiu o escrutínio de reguladores de todo o mundo e relutância da indústria de criptomoedas devido a questões de privacidade e segurança. De fato, vários governos já colocaram a Worldcoin sob investigação por causa de suas práticas.
Recurso de pré-reserva
A Worldcoin afirmou que seu aplicativo World App agora oferece um recurso de reserva de tokens. De acordo com o projeto, o objetivo é facilitar a compra dos tokens WLD e reduzir barreiras de acesso.
Esse serviço funciona como uma compra a prazo dos tokens. Os usuários podem reservar tokens WLD mesmo sem verificação de seu World ID. A compra garante a reserva dos tokens, mas os usuários a princípio não irão recebê-los nem poder negociar esses tokens no mercado.
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Em seguida, para ativar os tokens, os usuários precisam visitar a cidade mais próxima onde tem um Orb e, aí sim, validar sua identidade. Com o processo completo, o usuário pode receber seus WLD e utilizá-los como preferir. Só que quem realizar essa reserva terá que validar os tokens no Orb em até 12 meses.
Para reservar os tokens da Worldcoin, os usuários precisam fazer o download do World App. Em seguida, reservas os tokens assim que estiverem disponíveis e fazer resgate os tokens após a verificação em um Orb.
O preço do WLD atualmente é negociado a US$ 1,70, registrando queda de 6% nas últimas 24 horas e 25% nos últimos sete dias, em meio a várias preocupações levantadas por especialistas.
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Pressão regulatória sobre a Worldcoin
Várias agências governamentais em todo o mundo abriram investigações sobre a Worldcoin devido a questões de privacidade e segurança. Após investigações em toda a Europa, a Worldcoin também virou alvo das autoridades africanas – o Quênia foi o primeiro país do continente a atuar nesse sentido.
Curiosamente, a Worldcoin afirmou que não pretendia expandir suas atividades para os Estados Unidos devido ao ambiente regulatório pouco amigável. Mas o projeto começou a enfrentar resistência até em países que já possuem regulamentações sobre criptomoedas.
A principal resistência ao projeto tem a ver com questões de segurança dos dados e a proteção da privacidade dos usuários. O criador do Ethereum, Vitalik Buterin, levantou preocupações sobre privacidade e segurança, destacando problemas da Worldcoin. Em seguida, vários especialistas também fizeram alertas sobre o projeto.
Essa discussão chegou até na América do Sul. Nesta sexta-feira, a Agência de Acesso à Informação Pública da Argentina abriu uma investigação sobre a Worldcoin e os riscos da privacidade de dados. A agência também analisará o armazenamento e como o protocolo usa os dados pessoais coletados dos usuários.