A Chainalysis, empresa de análise de transações de Bitcoin, fez um levantamento sobre a atual situação do Bitcoin Cash depois de três meses de ter sido lançado, em 1º de agosto de 2017. De todos os detentores de Bitcoin que adquiriram a nova moeda após o fork, somente 26% das moedas foram movimentadas. Isso significa que quase US$ 6 bilhões estão perdidos ou ainda aguardam para serem vendidos.
A maior parte do volume de transações de Bitcoin Cash dos últimos três meses foi feita com moedas recém-adquiridas. Além disso, quase 70% das moedas de Bitcoin Cash são gastas dentro de seis horas após a aquisição. O comportamento de gastar moedas rapidamente, e raramente mantê-las por mais de uma semana, indica claramente que a demanda por Bitcoin Cash é impulsionada por influenciadores de mercado altamente ativos e motivados pelos lucros.
O volume diário de transações dos Bitcoin Cash herdados progrediu lentamente desde o início de setembro e teve os dois maiores picos ainda em agosto. O primeiro foi em 4 de agosto, quando foram gastos 0,6 milhões de BCH (que somam o valor de US$150 milhões), o que indica que algumas pessoas estavam cientes da divisão na rede e escolheram conscientemente vender suas moedas BCH após o fork. O segundo pico aconteceu em 30 de agosto, quando o volume de transações cresceu 417% (somando o valor de US$350 milhões), e 93% deste volume decorreu de transações de assinatura múltipla.
O suporte ao Bitcoin Cash foi determinado em grande parte por automatização da dificuldade de mineração, que incentiva os mineradores motivados por lucros a migrar para a moeda mesmo com o preço mais baixo. O Chainalysis rastreou a geração da moeda e calculou as moedas do Bitcoin Cash e Bitcoin não gastas. Os mineradores de BCH detém 45%, enquanto os mineradores de BTC detém 33%, de moedas ainda não utilizadas. Isso indica que a estratégia de “gastar ou manter” dos mineradores de Bitcoin Cash resulta em menor liquidez que do Bitcoin e, portanto, é mais difícil de vender.