A plataforma de criptomoedas Bitget realizou uma pesquisa de perfil de usuário no Brasil, Argentina e México. E de acordo com a pesquisa, 32,7% dos brasileiros investem até 15% de sua renda em investimento em criptomoedas.
Com isso, os brasileiros lideram a América Latina em termos de percentual da renda investido em criptomoedas, com mais do que a soma dos seus vizinhos. Afinal, apenas 12% dos argentinos investem até 15% de sua renda em criptomoedas, enquanto no México o percentual é ainda menor (10%).
A pesquisa foi conduzida entre 3 e 5 de junho a partir de um questionário enviado aos usuários da Bitget no Brasil, Argentina e México. No total, 683 usuários participaram do levantamento no Brasil, 630 na Argentina e 470 no México.
No entanto, a grande maioria dos investidores – 41,6% do total – investe apenas 5% ou menos da sua renda em criptomoedas. Em contrapartida, mais de 25% investem quantidades superiores a 15% da renda, dos quais a maioria (17,8%) dedica entre 15% a 30% para comprar criptomoedas.
Disseminação entre os mais velhos
A análise considera que 46,2% dos brasileiros que investem em criptomoedas têm mais de 45 anos, sendo 81,1% do gênero masculino. Desse total, cerca de 29% estão entre 35 e 44 anos, o que contradiz a ideia de que as criptomoedas são um investimento exclusivo dos mais jovens.
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No entanto, os brasileiros ainda possuem pouca experiência nesse mercado. A maior parte dos investidores (41%) iniciaram há menos de um ano sua jornada no universo das criptomoedas. Somente 21% investem há mais de três anos e apenas 5% possuem criptomoedas há cinco anos ou mais.
Além disso, os investidores de criptomoedas possuem foco exclusivo nesta classe: 43,8% dos investidores no Brasil não possuem outro tipo de investimento tradicional. Cerca de 21% investem também na bolsa de valores e apenas 3,8% possuem títulos públicos.
Por outro lado, se tomarmos os criptoativos como uma classe, mais de dois terços dos investidores (67%) possuem somente criptomoedas, como Bitcoin (BTC). Outros tokens estão na carteira de 30% e apenas 3% dos investidores possuem NFTs.
Outra característica da pesquisa é o otimismo com o futuro do preço do BTC e das criptomoedas como um todo. De acordo com a pesquisa, 32% dos investidores acreditam que o BTC valerá mais de US$ 50 mil até o final de 2023. Já outros 52,9% acreditam que as criptomoedas substituirão as moedas físicas no futuro.
Investimento em criptomoedas
Por fim, a pesquisa buscou informações sobre plataformas de mídias sociais e descobriu que 45,2% dos brasileiros preferem o YouTube como rede social, seguido pelo Twitter, com 20,2%. Perguntados sobre a principal fonte de informação para criptomoedas, 72,1% preferem os sites de notícias e 18,3% optam pelo conteúdo próprio das corretoras.
Para Caio Nascimento, gerente de Marketing da Bitget para a América Latina, o rápido crescimento na base de entusiastas e investidores em cripto no Brasil se deve ao histórico positivo de inclusão financeira do país. Embora tenha poucos investidores no geral, o Brasil possui uma maior cultura de adesão a tecnologias digitais, como o cartão de crédito.
Além disso, o Brasil tem uma estabilidade financeira maior do que os países vizinhos, com uma moeda mais estável e um mercado financeiro desenvolvido. Dessa forma, os brasileiros conseguem ter mais acesso a investimentos e opções alternativas, como as criptomoedas
“O Brasil tem uma cultura de investimento mais consolidada do que outros países da região, além de uma economia mais estável. Outros países enfrentam um cenário econômico mais adverso no momento, como a Argentina, enquanto outros, como o México, possuem ainda uma baixa adesão de serviços bancários, por isso a diferença nos números”, ressalta. “No entanto, temos percebido um aumento do interesse em investimento em criptomoedas generalizado. A América Latina como um todo é uma região estratégica para a indústria cripto e com enorme potencial.”