A Tesla divulgou seu relatório dos resultados do terceiro trimestre fiscal, encerrado em 30 de setembro. Porém, não foram os fortes resultados da empresa que chamaram a atenção, mas sim o aviso de que a Tesla pode voltar a aceitar pagamentos em Bitcoin (BTC) pelos seus carros.
“Podemos no futuro reiniciar a prática de transações em criptomoedas (“Ativos Digitais”) para nossos produtos e serviços”, disse o relatório.
Por outro lado, a empresa também reportou seus resultados trimestrais, com fortes lucros em suas operações com BTC. Cabe ressaltar que se tratam de lucros não realizados, pois a empresa não realizou vendas da criptomoeda.
Tesla lucra R$ 7,2 bilhões com BTC
Além de animar os holders de BTC, a Tesla também registrou lucros com suas participações. Embora tenha vendido 10% de seus BTC em maio, a companhia auferiu um lucro de US$ 1,3 bilhão. O valor corresponde a R$ 7,2 bilhões em valores atuais.
Como resultado, o lucro não realizado da empresa com BTC chegou a 86%. O percentual foi alto graças ao forte desempenho no preço em outubro, que registra alta de 42% no momento da escrita deste texto.
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Porém, nem tudo foi positivo. A Tesla relatou ter que assumir uma taxa de redução de US $ 51 milhões para explicar suas participações BTC existentes. Isso ocorreu por causa das regras de contabilidade de ativos digitais, nas quais a empresa deve registrar prejuízo caso o preço do BTC caia no trimestre.
De acordo com o site Bitcoin Treasuries, a Tesla atualmente detém cerca de 43.200 BTC no valor de US$ 2,6 bilhões a preços atuais. A empresa fica atrás apenas da MicroStrategy entre companhias abertas que possuem mais BTC no mundo.
“Bitcoin verde” muda decisão da companhia
Dessa forma, a empresa poderá retomar uma prática que está suspensa desde maio. A Tesla começou a aceitar BTC em fevereiro, mesma época na qual adquiriu US$ 1,5 bilhão em BTC para suas reservas.
Contudo, dois meses depois a companhia vendeu parte dessas reservas, numa forma de “testar” o mercado. Em seguida, a Tesla parou de aceitar BTC em seu site por iniciativa do fundador da companhia, Elon Musk.
Na época, o bilionário disse que a empresa só aceitaria a criptomoeda novamente caso a mineração de BTC se tornasse mais sustentável do ponto de vista de energia. Isso começou a acontecer com a Grande Migração dos mineradores da China para outras regiões.
Segundo um relatório do Bitcoin Mining Council, 67% da mineração do BTC é proveniente de fontes renováveis. A atividade é a única cujo percentual é superior a 50%.
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