O aplicativo de mensagens Telegram deve lançar o código necessário para executar um nó da sua rede, a Telegram Open Network (TON), em 1º de setembro. A informação foi divulgada pela Coindesk nesta quinta-feira, 29 de agosto.
De acordo com a matéria, a informação partiu de dois indivíduos familiarizados com o projeto. Um desses indivíduos é afiliado à TON Labs, uma startup de tecnologia fundada por investidores que adquiriram os tokens do Telegram. Um desses investidores também confirmou a data.
O Telegram manteve um alto nível de sigilo em torno da TON, recusando-se a falar publicamente sobre o projeto. Já a TON Labs, fundada para criar ferramentas de desenvolvedor para o Telegram, não sentiu essa inibição, tornando-se uma espécie de porta-voz associada ao projeto. A TON Labs afirmou manter comunicações regulares com a própria equipe de desenvolvedores do Telegram.
Embora a versão de testes da TON esteja liberada desde abril, existe apenas um nó operacional, executado pelo próprio Telegram. Com o lançamento do código ao público, uma gama mais ampla de usuários poderá executar seus próprios nós.
Os usuários só podem executar nós na rede de teste. O lançamento da rede principal é esperado para 31 de outubro, de acordo com o contrato de compra da venda de token da Telegram em 2018.
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Vazamentos russos
O site russo Vedomosty informou na quarta-feira, 28 de agosto, que o lançamento conterá o código para o próprio nó, bem como instruções ao usuário sobre como instalar seu próprio nó. Citando investidores não identificados no projeto, a Vedomosty informou que os desenvolvedores interessados poderão usar seus nós para testar os mecanismos de consenso e sharding do protocolo.
De acordo com um documento oficial divulgado, a TON usará um consenso de prova de participação (PoS) tolerante a falhas bizantinas com “sharding infinito” e a capacidade de suportar impressionantes 292 shardchains (49 seguidos por 26 zeros).
O Telegram levantou pelo menos US$1,7 bilhão de investidores da Rússia, EUA e várias outras nações em uma venda de tokens em 2018. Se a TON não for lançada até o final de outubro, o Telegram terá que reembolsar seus investidores, excluindo as despesas associadas ao seu desenvolvimento.
Investidores, usuários do Telegram e a comunidade demonstraram grande interesse interessados no projeto blockchain da empresa. Mas devido ao atraso no lançamento (que era esperado para dezembro do ano passado), muitos investidores começaram a vender os direitos de seus tokens futuros, formando um mercado secundário não oficial para o GRAM, o token associado à rede.
No entanto, a medida é uma violação técnica do contrato de investidor da Telegram, que proibia estritamente negociações secundárias antes do lançamento. Ainda assim, muitos usuários chegaram a ter lucros de 400% com essas vendas, conforme relatou o CriptoFácil no começo de agosto.
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