A startup Plataforma Verde é a primeira do Brasil na área de tecnologia ambiental a receber o prêmio Technology Pioneers 2018, concedido recentemente pelo Fórum Econômico Mundial, consagrando a empresa internacionalmente. A startup opera um software SAAS online de Gerenciamento de Resíduos Sólidos baseado em blockchain no qual as informações inseridas por uma empresa que gera resíduos são verificadas e confirmadas pelas outras entidades na cadeia de eliminação, incluindo o transportador, e pela destinação final no caso de um aterro.
Além da Plataforma Verde, outra startup nacional foi contemplada, a Agrosmart, uma plataforma que usa sensores e dados de satélite para monitoramento de agricultura em tempo real. No total, foram selecionados cerca de 61 projetos por todo o mundo que desenvolvem projetos pioneiros com novas tecnologias, desde o uso de inteligência artificial na descoberta de medicamentos, desenvolvimento de veículos autônomos, avanço na segurança cibernética e redução do desperdício de alimentos, até o uso da blockchain para uma plataforma de engajamento descentralizada, entre outros.
“Do ponto de vista prático, o que eu ganhei foi mais trabalho”, diz o CEO da Plataforma Vede, Francisco de Sousa Rêgo, ao portal IstoÉ Dinheiro, que ressalta que a inserção neste seleto círculo integrado por pesquisadores das maiores universidades do planeta, técnicos de grandes empresas e líderes de startups inovadoras deverá abrir as portas do mundo para a nascente Plataforma Verde. Incluindo um contato mais estreito com os bancos de fomento e os fundos de investimentos especializados em negócios disruptivos.
Para fundar a Plataforma Verde, que hoje conta com clientes como Lojas Riachuelo, Estre, Solví e Eurofarma, Francisco investiu cerca de R$2 milhões e muito estudo, na Europa, sobre o funcionamento do mercado de resíduos. Estudo que envolveu até mesmo trabalho voluntário.
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“Fui operador de extrusora em empresa de reciclagem de plásticos na Espanha, laboratório químico na Alemanha, atuei na concessionária municipal de lixo de Milão, e passei por outros cargos e funções em diversas companhias do setor”, conta o CEO, ressaltando que boa parte destas funções não eram remuneradas.
“Até bem pouco tempo ninguém prestava atenção nas embalagens e em como elas seriam descartadas. Hoje, elas se converteram numa commodity, cujo processo de reciclagem tem um custo elevado. Acredito que o segmento de resíduos, sólidos (incluindo a coleta, a reciclagem e a gestão do processo) tem potencial para triplicar de tamanho, passando dos atuais R$8 bilhões para R$24 bilhões”, destaca ele, demonstrando todo o potencial do setor para aplicações em blockhain.