Embora congressistas e o Serviço Secreto norte-americano tenham se juntado à Agência de Serviços Financeiros do Japão (FSA, na sigla em inglês) para condenar criptomoedas como Monero, Zcash e Dash, que possuem sistemas para realizar transações anônimas, isso não impediu a gigante de serviços financeiros Mastercard de protocolar, em 2016, e ganhar agora o direito à uma patente para realizar este tipo de transação por meio de uma blockchain. Com a patente conquistada pela empresa, no futuro, ela pode ser integradas aos serviços oferecidos pela operadora de cartões.
Como informa a agência de notícias CCN, a patente, concedida pelo Escritório de Marcas e Patentes dos EUA (USPTO, na sigla em inglês) nesta semana, descreve um sistema que facilita transações anônimas através de uma rede blockchain. De acordo com a Mastercard , a natureza transparente das transações comuns na blockchain é um obstáculo à adoção dessa tecnologia para pagamentos diários. A maioria das empresas não estaria muito interessada em fornecer aos concorrentes dados em tempo real, como volume de suas transações e até mesmo os consumidores não teriam interesse em disponibilizar suas movimentações para consulta.
“Assim, há uma necessidade de uma solução técnica pela qual uma entidade pode participar de uma transação na qual os detalhes da transação podem ser publicamente divulgados para garantir responsabilidade e confiança nos dados, enquanto ainda fornece anonimato e incapacidade de outros rastrearem transações individuais ou informações de volume por parte da transação identificando informações de ambas as partes de uma transação para satisfazer as necessidades de confidencialidade de cada entidade envolvida na transação”, diz a patente.
Para realizar sua proposta, a Mastercard não pretende emitir um token ou criar qualquer altcoin e, também, embora não esteja claro no documento, embora as transações seja anônimas, haverá um certo controle para rastrear transações ilícitas ou fornecer informações para a justiça quando requeridas. O sistema proposto pela Mastercard funciona com um servidor de processamento de terceiros, que, neste caso, mantém um banco de dados de perfis.
Depois de receber detalhes da transação de uma empresa, o servidor de processamento cria dois valores de hash. O servidor primeiro criptografa os detalhes da transação e cria um segundo valor de hash, combinando o primeiro hash com o valor secreto do perfil. O valor do hash pode então ser publicado em uma blockchain ou outro tipo de DLT para comprovar a integridade das transações sem revelar seus detalhes específicos.
Como tem publicado o Criptomoedas Fácil, a Mastercard tem demonstrando muito interesse na tecnologia blockchain e tem buscado inúmeras patentes que utilizam a cadeia de blocos em novos serviços ou atualizando processos já existentes.
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