O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) assinaram acordo de cooperação técnica para a implementação de um sistema que utiliza a tecnologia de Internet das Coisas (IoT) para o uso racional de água pelos pequenos e médios agricultores. O sistema permitirá ao produtor avaliar a necessidade de água para cada tipo de cultura e de temperatura e, ainda, controlar a irrigação a partir do celular. Para isso, a plantação deve ser dotada de um sistema de sensores e com conexão à internet.
O Serpro está investindo na criação da sua plataforma de Internet das Coisas e o foco do acordo é a criação de uma solução envolvendo irrigação automatizada com a possibilidade do gerenciamento via mobile pelo pequeno e médio agricultor, precisamente produtores familiares. Segundo revelou ao CriptoFácil, o Serpro pode usar blockchain durante o desenvolvimento do projeto.
“Embora atualmente a aplicação não use blockchain, o Serpro destaca que a tecnologia pode ser aplicada de acordo com o desenvolvimento do projeto.”
Para o diretor de operações do Serpro Antonino Santos Guerra, a empresa faz sua estreia no setor rural.
“Esse acordo é muito importante porque nos coloca também no ramo do agronegócio, junto com mais de 2.600 sistemas tecnológicos em uso no governo. Somos a maior empresa de TI do mundo e ainda não estávamos nesse setor”, afirmou.
“Esse sistema vai permitir aos produtores rurais economia de água e aumento de produtividade pelo melhor manejo de irrigação”, disse a presidente da Emater – DF Denise Fonseca.
“O DF passou, recentemente, por uma crise hídrica e nós sabemos o quanto é importante ter um controle de irrigação e o quanto é importante levar tecnologia ao campo”, acrescentou.
A plataforma IoT utiliza tecnologias escaláveis, o que quer dizer que pode ser ampliada para atender várias pessoas ao mesmo tempo, e destina-se, nesse caso, a aumentar a rentabilidade do agricultor rural ao mesmo tempo que economiza recursos, como água e eletricidade, que tanto impactam na produção e no meio ambiente.
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O primeiro módulo do sistema será entregue em outubro e a mesma plataforma poderá ser utilizada em diversos setores, como smart-cities, segurança pública e saúde. Com essa flexibilidade, os custos são reduzidos e a plataforma potencializada.
O acordo entre as empresas foi assinado na sexta-feira passada, 17 de maio, durante a exposição AgroBrasília 2019.
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