Um agência federal russa está trabalhando no desenvolvimento de uma ferramenta analítica que possa rastrear as transações do Bitcoin, o objetivo é evitar que a criptomoeda seja utilizada em atividades ilegais como lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. Segundo informações da BBC Russia, o Rosfinmonitoring, (Serviço Federal de Monitoramento Financeiro da Federação Russa), um serviço federal criado por um decreto do presidente Vladimir Putin em 2001, firmou um contrato com o Instituto de Segurança e Análise da Informação de Moscou (SPI) para desenvolver a aplicação.
A reportagem destaca que cerca de US$3 milhões estão sendo investidos na iniciativa, a qual o serviço federal russo deseja finalizar o desenvolvimento ainda em 2018. A ferramenta pretende receber e processar informações sobre as carteiras e transações de Bitcoin, estas informações se tornariam parte de um relatório completo sobre de supostos criminosos, que também incluiria seus nomes, contas bancárias, detalhes de cartões de crédito ou débito, bem como seus registros transacionais principais.
A arquitetura do Bitcoin permite encontrar links transacionais entre dois endereços de carteira através do mecanismo da árvore de Merkle, desta forma, é possível ver toda uma cadeia de transações do ponto A ao ponto Z, assim a polícia pode identificar os culpados examinando o endereço da carteira de um dos suspeitos.
A polícia dinamarquesa alega que está à frente dos russos e diz possuir um sistema de rastreamento inovador nesta área, tendo inclusive, prendido recentemente um traficante de drogas local identificando as pessoas por trás de suas carteiras de Bitcoin. No entanto, o editor-chefe da Satoshi.fm, Anton Merkurov, acredita que encontrar transações de criptomoedas ilegais é como “tentar encontrar um micróbio ao microscópio em uma gota de água” e acredita que “isso não deve ser uma prioridade”.