Os líderes dos países do G7, que reúne as sete maiores economias do mundo, estão de olho nos roubos de criptomoedas. E o tema deve virar uma das principais pautas no próximo encontro do grupo, que ocorrerá entre 15 e 17 de junho no Canadá.
De acordo com informações, a ligação desses grupos com governos inimigos deve entrar nas discussões. Ou seja, muito provavelmente o G7 vai discutir a relação entre grupos como o Lazarus e o governo da Coreia do Norte.
Além disso, as reuniões também se concentrarão nas crescentes preocupações geopolíticas e tensões comerciais entre os EUA e os outros países-membros do G7. O fortalecimento do grupo, que perdeu espaço para o G20 nos últimos anos, também deve estar na pauta das reuniões.
O G7 classifica as ações da Coreia do Norte no setor de criptomoedas como “alarmantes“, com investigações associando o regime de Kim Jong-un a vários roubos de criptomoedas. De fato, a Coreia do Norte tornou-se um dos países com as maiores reservas de Bitcoin do mundo – em parte com a ajuda do Lazarus.
A cúpula, organizada pelo primeiro-ministro canadense Mark Carney em Kananaskis, na província canadense de Alberta, reunindo líderes das sete economias mais avançadas do mundo. Os países-membros do G7 incluem França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, EUA e o Canadá, anfitrião deste ano.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
G7 vai focar em roubos de criptomoedas por hack
A República Popular Democrática da Coreia (RPDC), ou Coreia do Norte, estabeleceu uma rigorosa operação cibernética nos últimos anos, frequentemente possuindo meios sofisticados para roubar e apreender ativos digitais de protocolos vulneráveis.
Suas ofensivas ganharam notoriedade por empregar táticas cada vez mais complexas, resultando em grandes roubos de criptomoedas. O país usou o grupo Lazarus como fachada para obter grandes quantidades de criptomoedas. Além do ataque contra a Bybit, que foi o maior da história, o grupo também participou do ataque contra a Ronin, em 2022, e do roubo de US$ 230 milhões da WazirX.
As discussões ocorrem em um momento em que a Coreia do Norte demonstrou laços cada vez mais estreitos com a Rússia nos últimos anos. Essa ligação ficou clara sobretudo após a guerra na Ucrânia, com o exército norte-coreano enviando armamento e tropas para lutar pelo lado russo.
De acordo com Luis Lubeck, gerente de projetos da empresa de segurança cibernética de criptomoedas Hacken, esses laços aumentam as ameaças “ao compartilhar ferramentas e expertise, complicando os esforços de atribuição e resposta”. Com isso, o objetivo do G7 é coordenar respostas às ações dos hackers.
Além do Lazarus, outros agentes de ameaças estão trabalhando nos bastidores. Vários grupos fizeram ataques e roubos menores com o objetivo de evitar despertar ligações com o governo norte-coreano.
Em fevereiro, a corretora de criptomoedas Bybit sofreu o maior ataque do setor, com US$ 1,4 bilhão, com o Lazarus Group apontado como culpado por empresas de segurança cibernética e posteriormente confirmado pelas autoridades federais.