A Ripple revelou durante um evento organizado pela FGV que está desenvolvendo um sistema de interoperabilidade capaz de conectar o Drex, a moeda digital brasileira, a redes públicas de ativos digitais como Bitcoin, Ethereum e XRP.
Além disso, a Ripple revelou no evento, que o sistema também vai criar interoperabildiade com outras moedas digitais de bancos centrais (CBDCs). O anúncio foi feito por Rafael Teruszkin, Diretor de Desenvolvimento de Negócios LatAm na Ripple, durante o Blockchain Day na FGV.
Teruszkin explicou que a integração do Drex com outras redes digitais, por meio desta solução da Ripple, permitirá tanto a entrada de investimento estrangeiro no Brasil quanto a ampliação do investimento brasileiro em ativos internacionais.
“A interoperabilidade é essencial para o sucesso do Drex. Esse avanço natural garantirá que o Drex se conecte com outras redes de bancos centrais e com a liquidez presente em redes públicas, incluindo criptomoedas, stablecoins e ativos tokenizados”, ressaltou Teruszkin.
Ripple e Drex
Durante o evento, George Marcel Smetana, especialista em Inovação em Estratégia Regulatória no Bradesco, questionou Teruszkin sobre a possibilidade de criar um “Wrapped Drex”. A solução permitiria o uso da CBDC nacional em pools de liquidez e swaps em redes públicas.
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O executivo da Ripple respondeu que, tecnicamente, essa interoperabilidade não apresenta obstáculos significativos de tecnologia, mas sim regulatórios.
“Criar uma bridge que permita que o Drex transite entre redes públicas e privadas traz a CBDC para o ambiente DeFi (finanças descentralizadas), onde poderia ser negociada em DEXs (exchanges descentralizadas) com suporte a AMMs e pools de liquidez”, explicou.
Essa possibilidade de uso do Drex em redes públicas abriria um leque de aplicações, incluindo o uso da moeda como colateral em protocolos DeFi.
“Esses são os casos de uso iniciais, mas, conforme evoluímos, novas soluções e possibilidades surgirão, desbloqueando ainda mais funcionalidades para o Drex”, acrescentou.
No entanto, Teruszkin destacou a necessidade de adaptações na regulamentação brasileira, especialmente nas regras de câmbio.