Na última semana, a Crypto Finance Conference publicou um relatório com uma lista dos 100 países que são mais favoráveis ao lançamento de ofertas iniciais de moedas (ICOs, na sigla em inglês) em todo o mundo. O resultado trouxe algumas nações que já eram esperadas, mas também incluiu muitas novidades.
Os analistas associados à Crypto Finance compilaram a pesquisa com base em dados públicos disponíveis dos 100 maiores projetos de ICOs por país, em termos de recursos captados, e os classificaram pelo número de projetos lançados neste ano. Quanto mais projetos lançados, mais favorável ao surgimento de ICOs o país torna-e dentro da lista.
O relatório destaca os Estados Unidos como o país mais favorável para as ICOs, com um total de 30 empresas lançadas por meio dessa modalidade de captação de recursos. O segundo país é a Suíça, com 15 projetos, metade do número de projetos lançados por norte-americanos. O terceiro lugar da lista coube à Cingapura, com 11 projetos no total.
O relatório também destaca países como a Rússia (6 projetos), Estônia (4) e Reino Unido (4) como alguns dos países mais promissores para abrigar o financiamento de projetos via ICOs.
Ao passo de que países como Estados Unidos e Rússia, que possuem regulamentações restritivas, ou nenhuma regulamentação, para o uso de ativos digitais tiveram um grande número de projetos desenvolvidos em seu território, cabe o destaque oposto para Japão e Coreia do Sul (com regulamentações e opiniões mais amigáveis sobre o mercado), que tiveram apenas 2 e 1 projetos, respectivamente.
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É interessante destacar que países que costumam sair na mídia como os mais favoráveis ao lançamento desses projetos, como Estônia e Reino Unido, apresentaram uma menor quantidade de ICOs lançadas em seu território do que Estados Unidos e Rússia, países que chegaram a apresentar restrições a esse mercado nos últimos tempos.
Também podemos observar que o mercado de ofertas iniciais de moedas mantém-se estável também a níveis locais, apesar da crise de preço ocorrida desde 0 final do ano passado. Fato que já havia sido constatado em um relatório da Pricewaterhouse Coopers (PwC) que mostrou um aumento de ICOs nos primeiros meses de 2018 duas vezes maior que o número de todo o ano de 2017.
Agora resta saber quantos desses projetos irão prosperar e entregar de fato algum valor aos seus investidores. O mercado de ICOs, vale ressaltar, é de altíssimo risco, tão alto quanto o tradicional mercado de startups, por exemplo. A Universidade de Boston promoveu um estudo recente no qual mostrou que a vida útil de metade dos projetos lançados não chega a quatro meses.