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Relatório alerta para concentração de Bitcoins nas mãos de baleias

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Um relatório do Wall Street Journal lançou luz para uma possível concentração de riqueza na rede do Bitcoin (BTC). De acordo com o documento, cerca de 1% do topo dos detentores de Bitcoins controla mais riqueza do que a maioria das famílias ricas nos Estados Unidos.

No entanto, a principal estatística diz respeito ao controle da oferta total de Bitcoin. Segundo o relatório, apenas 0,01% dos grandes investidores controlam 27% da moeda em circulação. De fato, um estudo do  National Bureau of Economic Research revelou que os 10 mil principais endereços de BTC guardam 5 milhões de moedas.

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Em valores atuais, esses endereços guardam, somados, cerca de R$ 1,34 trilhão. Não especificou se esses endereços pertenciam a exchanges, empresas de custódia ou investidores pessoais, no entanto.

Só para comparar, se esses investidores fossem uma única pessoa, seriam a mais rica do mundo, ficando à frente de Jeff Bezos e Elon Musk. Ambos são o primeiro e segundo homens mais ricos do mundo, respectivamente.

O estudo foi conduzido pelos professores de finanças Antoinette Schoar da MIT Sloan School of Management e Igor Makarov da London School of Economics. De acordo com o WSJ, o levantamento mapeou e analisou todas as transações na história do BTC.

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Baleias de Bitcoin aumentam riqueza

A pesquisa também ilustrou dados globais sobre a adoção do BTC. Conforme os dados do relatório, cerca de 114 milhões de pessoas possuem BTC em todo o mundo

Embora não tenha especificado quem eram os donos da maioria das carteiras, algumas foram identificadas. Por exemplo, a lista do BitInfoCharts, as carteiras offline da Binance são os dois principais endereços. Ambos possuem um valor combinado de 433.490 BTC, ou cerca de R$ 114 bilhões.

Os números refletem a situação atual da disparidade de riqueza tradicional nos EUA. Segundo dados do Federal Reserve, 1% das famílias que ocupam o topo detém cerca de 33% de toda a riqueza do país.

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Riscos de concentração

Por fim, o artigo também expõe o que considera riscos dessa concentração. Em primeiro lugar, toda a rede está mais suscetível ao risco sistémico. Ou seja, o documento alerta que a rede corre o risco de ficar sob o controle desses grandes investidores.

Em segundo lugar, a riqueza desta nova rede de liberdade financeira está a ser concentrada num número muito reduzido de entidades.

“Apesar de já existir há 14 anos e do grande interesse pelo BTC, ainda é o caso de que é um ecossistema muito concentrado”, disse Schoar.

O WSJ prosseguiu dizendo que a mineração de BTC também é centralizada, pois é controlada por um pequeno número de empresas e pools. Consequentemente, os custos aumentaram, inviabilizando a mineração individual.

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No entanto, a mineração deixou de ser concentrada em termos macro, com a expulsão dos mineradores da China. Como resultado, países como EUA e Cazaquistão ampliaram suas participações e diminuíram o risco da atividade com a proibição.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.