A Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV), um dos principais órgãos reguladores financeiros da Espanha, alertou clubes de futebol do país sobre o que chamou de acordos de patrocínio “tóxicos” com empresas do setor financeiro como operadoras de criptomoedas.
O jornal local esportivo AS afirmou nesta terça-feira, dia 25 de fevereiro, ter tido acesso a um relatório da CNMV em que convoca diversos clubes da La Liga, primeira divisão da Liga de futebol profissional da Espanha, para falar sobre possíveis violações.
O órgão regulador disse que os clubes anunciam “produtos financeiros complexos” e que, por conta disso, pode impor restrições à publicidade de clubes da Liga.
De acordo com o jornal, dois clubes em particular estão na mira da CNMV, o Real Betis, patrocinado pelo EasyMarjets e o Atlético de Madrid, patrocinado pela Plus500. Ambas as empresas oferecem negociação de criptomoedas.
Além destas, estão sob os holofotes: a Libertex (patrocina o Getafe e o Valência), a Exness (patrocina o Real Madrid) e Ever FX (patrocina o Sevilha). Todas elas operam com criptomoedas e, segundo o mandato de proteção ao investidor estabelecido pela CNMV, esses produtos não são adequados para clientes de varejo.
A CNMV não destacou as plataformas de negociação de criptomoedas de forma exclusiva, mas afirmou que pode proibir acordos de patrocínio com exchanges e com as corretoras de criptomoedas. Empresas de jogos de azar online, forex (mercado financeiro descentralizado destinado a transações de câmbio), CFD (contratos financeiros por diferenças), ações e plataformas de opções binárias também estão na lista.
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