Os promotores federais que investigam o colapso da exchange de criptomoedas FTX anunciaram na quarta-feira (14) que irão retirar algumas das acusações feitas contra o fundador da empresa, Sam Bankman-Fried (SBF); pelo menos por enquanto.
Em um processo judicial, os promotores informaram que seguirão com o julgamento marcado para outubro. No entanto, eles vão retirar 5 das 13 acusações contra Bankman-Fried. O governo incluiu essas acusações meses após a extradição de SBF das Bahamas em dezembro do ano passado. Entre as acusações estava fraude bancária e a alegação de suborno a um governo estrangeiro.
Investigação sobre a FTX
De acordo com uma reportagem do New York Times, SBF argumentou que os promotores não deveriam tê-lo acusado de novos crimes após sua extradição.
No entanto, a retirada das acusações veio com uma ressalva importante. Isso porque os promotores solicitaram ao juiz Lewis A. Kaplan, do Tribunal Distrital Federal de Manhattan, que agendasse um segundo julgamento para o início de 2024 referente a essas cinco acusações.
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Os promotores explicaram que o adiamento era necessário devido a um processo legal em andamento nas Bahamas, onde a FTX tem sede. SBF obteve uma decisão favorável no país caribenho, que lhe concedeu a oportunidade de contestar no tribunal a autorização das novas acusações pelo governo das Bahamas. Esse processo pode levar meses para se desenrolar.
Durante o processo judicial ocorrido na quarta-feira, os promotores afirmaram que ainda não estava claro quando as Bahamas decidiriam sobre a autorização das novas acusações. Além disso, eles afirmaram que sua ação visava “simplificar a prova no julgamento e reduzir a carga da preparação do caso” contra Bankman-Fried.
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SBF
Conforme noticiou o CriptoFácil, o fundador da FTX foi preso em dezembro após o colapso da exchange, uma das maiores do mundo. Ele concordou em ser extraditado sob a acusação de ter liderado uma fraude abrangente, na qual teria utilizado bilhões de dólares em depósitos de clientes para financiar compras de imóveis luxuosos, doações de caridade e operações com criptomoedas.
Após sua chegada aos Estados Unidos, a Justiça liberou Bankman-Fried, sob fiança, a permanecer em prisão domiciliar na casa da família em Palo Alto, Califórnia.
Em fevereiro, os promotores apresentaram uma acusação revisada, acrescentando quatro novas acusações às oito do documento original. Entre as novas acusações estavam fraude bancária e operação de um negócio de transmissão de dinheiro sem licença.
Os advogados de Bankman-Fried argumentaram nos processos judiciais que as novas acusações violavam os termos do processo de extradição entre Bahamas e EUA.