Mercados da deep web estão ampliando seus modelos de negócio durante a pandemia do coronavírus. Além de drogas e cartões de crédito clonados, comerciantes estão vendendo máscaras N95, kits de teste e medicamentos por Bitcoin, conforme relatou a Reuters no dia 06 de abril.
Os resultados foram obtidos por meio de uma pesquisa feita pela empresa de análise em blockchain, Elliptic.
Ampliando o mercado
A reportagem relata que sites da deep web começaram a indexar vendedores localizados nos Estados Unidos, Europa e Rússia, à medida em que a crise do coronavírus se agrava e materiais específicos são procurados – como máscaras N95, kits de teste e medicamentos, como Hidroxicloroquina.
Os pagamentos são feitos em Bitcoin e, conforme salientou a Elliptic:
“Esses fornecedores são oportunistas, aproveitando qualquer chance para fornecer bens difíceis de obter em outros lugares.”
Tendo em vista que estes mercados são difíceis de rastrear, não é possível confirmar a autenticidade dos produtos. Porém, Elliptic reforça que “cerca de dois terços dos vendedores poderiam ser considerados ‘autênticos’, dadas as classificações dos usuários e o grande número de vendas anteriores”.
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Surgindo exclusivamente na pandemia
A pesquisa também ressaltou que alguns mercados surgiram somente para vender equipamentos relacionados ao coronavírus, com mais de um terço destes mercados se concentrando somente nesse nicho. Enquanto isso, 45% dos mercados também disponibiliza serviços contratados de hack, dinheiro falso, dentre outros serviços de fraude.
Os valores cobrados pelos alguns destes fornecedores da deep web variam, com alguns deles vendendo máscaras N95 por 9 euros cada, enquanto outros estão vendendo as mesmas máscaras por US$ 1,50 cada.
A diferença nos valores torna difícil saber se tais produtos são realmente legítimos, ficando difícil confiar na autenticidade dos mesmos.
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