O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, informou que o país pretende expandir o uso e os investimentos do metaverso e dos tokens não fungíveis (NFTs). Em um discurso público apresentado na última semana, Kishida disse que o governo seguirá apoiando o uso da tecnologia digital na sociedade.
O Japão já vem promovendo o investimento em tecnologia digital de forma constante, inclusive por meio de incentivos fiscais para empresas. Em agosto deste ano, conforme noticiou o CriptoFácil, o país anunciou estar pronto para revisar as taxas de impostos às empresas cripto. O objetivo é atrair novas empresas do setor para o Japão.
Foco em Web 3.0, NFTs e metaverso
Em seu discurso ao parlamento do Japão, Kishida disse que o país também vai promover ações para expandir os serviços da Web 3.0:
“Também promoveremos esforços para expandir o uso de serviços Web 3.0 que utilizam metaverso e NFT”, disse.
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Conforme destacou Kishida, o investimento do governo na transformação digital do país já inclui a emissão de NFTs para autoridades locais. Destaca-se que no mês de setembro, o governo do Japão deu NFTs a sete prefeitos locais na cerimônia “Summer Digi Denkoshien 2022” por utilizarem a tecnologia digital para resolver os desafios locais.
O discurso recente de Kishida marca mais um passo do país na transformação digital. Este é um dos seus pilares desde que ele assumiu o cargo de primeiro-ministro em 2021.
Digital, mas sem uma CBDC
Apesar de estar avançando rumo a uma economia mais digitalizada, em agosto deste ano, o Japão anunciou que abandonou os seus planos de lançar uma moeda digital de banco central (ou CBDC, na sigla em inglês).
De acordo com o governo, os japoneses veem mais benefícios no uso de dinheiro físico, em vez do digital. A autoridade monetária informou que os japoneses já têm acesso virtual ao sistema bancário. Portanto, a questão de promover a inclusão financeira por meio da CBDC nunca foi uma questão importante, como é no caso de outros países.
Além disso, o banco central afirmou que o uso de tecnologias digitais e móveis do setor privado no pagamento de bens e serviços também já é generalizado. O Banco do Japão disse, ainda, que a ideia de uma CBDC não recebeu apoio significativo devido ao fato de os japoneses já terem acesso a serviços de internet banking, cartão de crédito e soluções de pagamento com o dinheiro eletrônico.
Por fim, destacou-se que os japoneses têm acesso a várias vantagens ao usar serviços oferecidos pelo setor privado. Isso inclui, por exemplo, o sistema de pontos que podem ser obtidos com os pagamentos e que podem ser acumulados e usados para compras.