Após o PlusToken, que teria arrecadado cerca de 200 mil Bitcoins na China, ter sido considerado um dos maiores golpes da história das criptomoedas, os usuários de Bitcoin do país podem estar vivendo um novo ataque.
O golpe pode impactar globalmente o mercado de criptoativos. Isso porque a exchange FCoin, que sempre levantou dúvidas sobre seus negócios por conta de um programa de incentivo chamado “Trans-Fee Mining”, pode ter sido fechada e, com isso, ter bloqueado todos os recursos dos usuários.
Tudo começou em 10 de fevereiro quando a exchange afirmou que destruiria permanentemente todas as criptomoedas nativa de sua plataforma mantida pela equipe de desenvolvimento, (cerca de 720 milhões de FT). Em resposta, o preço do token FT subiu 20,82%, para US$0,0486, em comparação aos US$0,040088 daquele dia.
Horas depois, ainda no dia 10, a FTCoin publicou um novo anúncio, alegando que a exchange seria temporariamente encerrada para manutenção às 23:50 (GMT + 8), com uma duração estimada de duas horas (quatro horas na versão chinesa). Após a declaração, o preço do FT caiu 16,46%, da alta de US$0,048 para US$0,0401.
No entanto, a exchange apresentou falhas e não conseguiu restabelecer seus serviços. Assim, fez um novo anúncio em 11 de fevereiro dizendo que, devido a ausência de alguns membros da equipe e a necessidade de reconstrução de alguns módulos do sistema, o site demoraria mais um ou dois dias para voltar ao normal.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Logo depois, os investidores da plataforma entraram em pânico, pois descobriram que não podiam retirar seus pedidos e que o serviço personalizado não podia ser acessado. Houve até alegações de que a FCoin teria encerrado a operação permanentemente. Contudo, o CEO da empresa alegou, nas redes sociais chinesas, que eles estavam “trabalhando duro para consertar a brecha do sistema”, mas não deu detalhes adicionais sobre o retorno das operações.
Há relatos, não confirmados, de que houve uma ‘briga’ entre a equipe de tecnologia da empresa e o fundador da exchange Zhang Jian que, em resposta, teria mandado destruir os tokens pertencentes aos funcionários. Estes, por sua vez, como retaliação, teriam derrubado toda a infraestrutura de tecnologia da empresa, tirando a plataforma do ar. Até o momento, depois de 4 dias do incidente inicial, nenhum usuário teria conseguido retirar os fundos custodiados no sistema.
Para piorar a situação, de acordo com a empresa de segurança blockchain Chainsguard, foi detectado que os EOS da carteira online da FCoin e os tokens TRC20 na blockchain Tron foram transferidos para um novo endereço em 14 de fevereiro. Além disso, mais de 1 mil Ethereum também estão sendo movidos para outros endereços.
Leia também: Falha de segurança na carteira da IOTA acarreta em perda de US$1,6 milhão